teria sido reformado após empreiteira contratar empresa
B R AS Í L I A
A empreiteira OAS, acusada de envolvimento no esquema
de corrupção na Petrobras, contratou reformas feitas em
apartamento triplex, cuja opção de compra pertence à família do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, segundo informou a revista Veja, na edição que começou a circular ontem.
A reportagem aponta que documentos sobre as obras feitas no imóvel, situado na cidade do Guarujá, litoral paulista, mostram que a OAS contratou uma empresa de engenharia especializada em reformas de alto padrão para executar benfeitorias no apartamento, como a instalação de um elevador privativo, em 2014.
Segundo a publicação, Lula visitou o imóvel, avaliado em R$ 2,5 milhões, algumas vezes.
O ex-presidente e a mulher, Marisa Letícia, adquiriram em 2005 a opção de compra do imóvel que à época estava em construção pela Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).
Em 2009, o empreendimento foi assumido pela construtora OAS, que terminou a construção do edifício.
O condomínio onde fica o triplex é constituído por duas torres com quatro unidades por andar e é localizado na avenida da praia das Astúrias, no Guarujá.
O apartamento da família Lula fica no 16º andar, tem área de 297 m e possui elevador privativo entre o primeiro e o terceiro andar, sala com varanda e uma piscina de 3 m x 4 m e 80 cm de profundidade.
OUTRO LADO
A assessoria do Instituto Lula afirmou que o ex-presidente não é dono do imóvel citado na reportagem.
Segundo o instituto, a mulher de Lula, Marisa Letícia, adquiriu uma cota do apartamento, mas o casal não chegou a concluir o negócio e, portanto, o empreendimento ainda é da OAS.
Assim, de acordo com a assessoria do instituto, logicamente caberia à empreiteira arcar com qualquer tipo de custo referente ao apartamento, inclusive uma eventual
reforma.
“O ex-presidente não é dono do imóvel citado nas reportagens”, concluiu
Lobby para empreiteiras na África
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria atuado em Guiné
Equatorial e Gana em favor da Odebrecht e de outras empreiteiras
brasileiras agora investigadas por desvios na Petrobras na Operação Lava a Jato.
A revista Época desta semana traz um telegrama reservado do Itamaraty, datado de março de 2013, em que a
embaixadora do Brasil em Malabo, capital da Guiné,Eliana da Costa e Silva Puglia, diz que “Lula citou, então, telefonema que dera ano passado ao presidente Obiang (da Guiné) sobre a importância de se adjudicar obra de construção do aeroporto de Mongomeyen à empresa Odebrecht”.
A Andrade Gutierrez também participava da concorrência pelo aeroporto. Depois de visitar a Guiné, Lula seguiu para Gana, onde se reuniu com o chefe de Estado John Mahama.
Mahama pediu apoio do petista para conseguir liberação de US$ 1 bilhão em crédito do BNDES ao país.
Na ocasião, segundo telegrama do Itamaraty, Lula disse
“acreditar que o BNDES teria condições de acolher a solicitação da parte ganense e, nesse sentido, intercederia junto à presidente Dilma Rousseff”.
Quatro meses depois, o banco de fomento liberou US$ 202 milhões para um consórcio formado por Andrade Gutierrez e Odebrecht para construção de uma rodovia no país africano.
Em nota, o Instituto afirmou que a “diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para US$ 200 bilhões”.
A Odebrecht disse que mantém uma relação institucional com o ex-presidente e que apresentou proposta para o aeroporto da Guiné Equatorial, mas não foi a vencedora da licitação.
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