sábado, 4 de junho de 2011

Parado Estudantes param trânsito e capixabas não vão trabalhar (ES)

Folha Vitória

Foto: Bruno Coelho

A manifestação dos estudantes que começou na manhã desta quinta-feira (02) parou o trânsito em vários pontos da Grande Vitória e impediu que vários capixabas chegassem ao trabalho. Segundo informações preliminares, mais de 80 policiais do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar estão espalhados para garantir a ordem e acabar com o protesto assim que forem autorizados, inclusive utilizando bombas de efeito moral.

Segundo os manifestantes, a previsão é que o vice-governador, Givaldo Vieira, vá ao Palácio Anchieta para iniciar as negociações. Os estudantes prometem que o trânsito só será liberado depois que eles forem atendidos.


Por volta de 12 horas, um princípio de confusão foi registrado no Centro de Vitória. Um motorista conseguiu furar o bloqueio e foi repreendido pelos estudantes. Formou-se uma discussão e, por cerca de 10 minutos, outros veículos conseguiram seguir viagem. A Guarda Municipal foi ao local e conseguiu solucionar o problema.

Porém, minutos depois os estudantes conseguiram organizar a barricada e o trânsito foi novamente paralisado. As principais ruas do Centro da Capital estão completamente paradas e o trânsito também está complicado na Segunda Ponte e bairros da região. No início da tarde, o trânsito no sentido Avenida Vitória-Centro começou a fluir.

O protesto tem o mesmo objetivo dos anteriores: reivindicar a redução da tarifa e melhorias no transporte público. O movimento conta com a participação de estudantes do Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE), do Fórum Estadual da Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes), do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e de movimentos estudantis de escolas públicas e universidades particulares da Grande Vitória.

Os estudantes chegaram ao Centro por volta de 7h30. De acordo o universitário Eduardo Augusto, eles estavam se preparando há dois meses para essa manifestação que teve início na escadaria do Palácio Anchieta. Segundo os estudantes, essa é a 15º protesto realizado neste ano na Grande Vitória.

Os manifestantes colocaram barricadas, atearam fogo no meio da via e causaram um grande congestionamento ao longo da Avenida Getúlio Vargas. Segundo informações preliminares, o congestionamento chegou às proximidades da Rodovia do Contorno e alguns bairros de Vila Velha.
Carros do Corpo de Bombeiros estiveram em frente à Praça Oito, além de sete viaturas do Batalhão de Missões Especiais, com homens da tropa de choque.

Muitas pessoas ficaram indignadas por não poderem se locomover e terem que cancelar vários compromissos. Cerca de 170 funcionários de uma empresa de mineração do Estado não puderam trabalhar porque quatro ônibus ficaram completamente parados no Centro de Vitória. "Não tem jeito. Estávamos sem saber o que fazer. Os estagiários já estão sendo liberados", lamentou o motorista de um deles.

O motorista do Sistema Transcol, João Conceição, disse que chegou ao Centro da Capital por volta de 7h30 e até às 11 horas ainda não tinha conseguido se locomover. "Tinha bastante gente e a chama já estava acesa. Só neste ônibus estavam cerca de 90 pessoas. Estava tudo interditado e o jeito foi esperar. Sei que começou a dar trânsito da Segunda Ponte e, quando chegamos aqui, não pudemos seguir viagem. Sem liberar a passagem, não existe solução", comentou.

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