
O trânsito na Terceira Ponte, que tinha sido fechado a pedido da Polícia Militar por causa do protesto dos estudantes na noite desta quinta-feira (2), já foi liberado. Os estudantes decidiram de seguir para a Terceira Ponte e interditaram a Avenida Vitória.
Homens do Batalhão de Missões Especiais (BME) fizeram uma barreira para impedir que os estudantes chegassem até à praça do pedágio. Com a barreira, os manifestantes decidiram voltar para a Avenida Vitória, onde fecharam a pista no sentido Reta da Penha x Bento Ferreira.

Neste momento, o grupo está sentado na pista e farão uma assembleia para definir os rumos do movimento. Eles não descartam ir em passeata até a casa do governador do Estado, Renato Casagrande, para continuar com o protesto.
À tarde, os universitários, que pedem a redução do preço da passagem, que aumentou de R$ 2,15 para R$ 2,30 nos ônibus do sistema Transcol e de R$ 2 para R$ 2,20 nos coletivos municipais, ocuparam a avenida Ferando Ferrari próximo a uma das entradas da Universidade Federal do Espírito Santo.

A polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os estudantes para liberar a pista. Eles recuaram para dentro da Ufes e algumas bombas foram lançadas também no campus universitário.
Em nota, a Ufes lamentou o episódio ocorrido envolvendo uma tropa da Polícia Militar do Espírito Santo e manifestantes, em episódio ocorrido na Avenida Fernando Ferrari, cuja via dá acesso ao campus universitário de Goiabeiras.
O episódio entre a corporação e manifestantes acabou causando conseqüências para estudantes, servidores técnicos, professores e visitantes que passavam na área do campus, e que não tinham qualquer participação no evento. O vice-reitor no exercício da Reitoria, professor Reinaldo Centoducatte tomou a iniciativa de acionar o governador em exercício, Givaldo Vieira e, por telefone, relatou os acontecimentos e pediu que cessasse imediatamente aquele procedimento policial no interior do campus, sendo prontamente atendido.

Para a Administração Central da Ufes, o campus da Universidade, seus professores, servidores, estudantes e visitantes, não podem sofrer conseqüências físicas e morais diante de um episódio ocorrido numa via pública. A Administração reafirma a sua posição em defesa do diálogo democrático com a sociedade, e ressalta que estará, permanentemente, atenta à segurança da instituição de ensino e dos seus membros.
Confusão no Centro
Usando bombas de efeito moral, policiais do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar entraram em confronto com os estudantes que realizavam a manifestação no Centro de Vitória, na tarde desta quinta-feira (02). Munidos de pedras, os alunos chegaram a revidar, mas tiveram que se retirar do local. O trânsito foi liberado, mas em vários pontos da Grande Vitória o congestionamento continua por conta do grande fluxo de veículos.

O protesto tinha o mesmo objetivo dos anteriores: reivindicar a redução da tarifa e melhorias no transporte público. O movimento contou com a participação de estudantes do Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE), do Fórum Estadual da Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes), do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e de movimentos estudantis de escolas públicas e universidades particulares da Grande Vitória.
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