Folha Vitória
A ministra visitou as obras do Museu do Negro, em VitóriaFoto: Divulgação/Fábio Gomes
A ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, esteve no Espírito Santo nesta quinta-feira para cumprir uma série de compromissos ao lado do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Ela ouviu cobranças e reclamações de representantes de movimentos sociais e na Assembleia afirmou que as altas taxas de homicídios de jovens negros são a manifestação mais perversa do racismo.
Em seu discurso na Assembleia, Luiza destacou o mapa da violência no Espírito Santo. A estatística mostrou que diminiu as vítimas de jovens brancos caiu 6,6%. Em contrapartida, casos em que as vítimas são jovens negros aumentaram 49% em 2002 e 2007.
A ministra enumerou a morte intelectual, onde o jovem se desinteressa por uma escola com a qual não se identifica. Sem contar as sucessivas “mortes” provocadas por frases ou atitudes racistas e preconceituosas. “O desafio é impedir essas mortes”, provocou a ministra.
Segundo Luiza, há mais casos de mortes maternas entre negras enquanto os de mães brancas vêm diminuindo. "Então, é preciso lançar um olhar diferenciado sobre a mãe negra, enxergar que não é só uma questão de saúde".
Pela manhã, a ministra esteve reunida com o vice-governador. Em discussão, as dificuldades enfrentadas pelas comunidades Quilombolas no Estado. Já nas próximas semanas, uma equipe deve visitar as áreas e traçar um plano de ação.
A ministra veio ao Estado participar da sessão solene em homenagem aos cento e sessenta e dois anos da Revolução de Queimados, um dos momentos históricos mais importantes da cultura negra no Estado. Durante a cerimônia, na Assembleia Legislativa, receberá a medalha Chico Prego e fará uma palestra.
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