Em depoimento, Durval Barbosa disse que, depois da gravação de um vídeo em 2006, deu mais dinheiro para Manoel Neto – recursos com origem na cobrança de propina. Disse que deu também telefones para serem usados na campanha de Jaqueline em 2006 e que as contas foram pagas pelo governo. Segundo Barbosa, em troca, Jaqueline prometeu não pedir votos para Maria de Lourdes Abadia e ainda conseguiu indicar nomes no governo Arruda.
A corregedoria da Câmara fez hoje a terceira - e última - tentativa para notificar Jaqueline. Funcionários da Casa foram na casa da parlamentar pelo terceiro dia seguido, mas ninguém atendeu. Eles foram então até a casa ao lado, do pai de Jaqueline, mas também não conseguiram informações sobre a deputada, que também não está atendendo o celular.
Na segunda-feira, a notificação vai ser publicada no Diário Oficial da União e Jaqueline terá cinco dias úteis para se defender. A licença médica que a parlamentar apresentou na semana passada termina amanhã, mas a deputada ainda não deve voltar para Brasília. Jaqueline deve ir para São Paulo acompanhar o pai, Joaquim Roriz, em uma cirurgia de cateterismo. O ex-governador, de 74 anos, está internado desde segunda-feira no Hospital Sírio-Libanês. Ele teria ido fazer exames por causa de um desvio na coluna e os médicos descobriram um entupimento nos vasos sanguíneos.
O Supremo Tribunal Federal mandou para a Polícia Federal o inquérito aberto para investigar as acusações contra a deputada. A PF tem 30 dias para tomar o depoimento de Jaqueline e fazer a perícia no vídeo em que ela aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa.
Os advogados de Jaqueline Roriz e Manoel Neto vão analisar a ação para tomar providências. O advogado de Arruda afirmou que a ação não tem consistência. O advogado de Durval Barbosa disse que a ação é uma consequência da colaboração dele à Justiça.
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