Rio de Janeiro - Quase metade (47,2%) da população com dez anos ou mais de idade se sente insegura nas cidades onde vive, indica o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo Características da Vitimização e do Acesso à Justiça, com dados de 2009. São 77 milhões de pessoas com medo de andar pelas ruas por causa da violência. A pesquisa mostra que a sensação de insegurança aumenta à medida que a população se afasta do local onde mora. Mas mesmo em casa um em cada cinco brasileiros (21,4%) se sentia inseguro. Nos bairros de residência, a proporção era de 32,9%.
"É uma constatação. O resultado não surpreende porque temos notícias de que vivemos numa sociedade violenta, em função de fatores como uma distribuição de renda complicada", diz o pesquisador Cimar Azeredo, responsável pelo estudo. Segundo ele, os números são um indicador de que deve haver políticas para melhorar a situação.
É a primeira vez que o IBGE investiga a sensação de segurança da população. Junto à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2009 foi incluído um questionário com perguntas como "Você se sente seguro na sua cidade/no seu bairro/no seu domicílio?". Também foi feito um perfil socioeconômico de vítimas de crimes como roubo, furto e agressão, nesse caso comparável com um trabalho de 1988.
"A pesquisa não levanta o porquê da violência. Agora vamos partir para tentar entender melhor os motivos da sensação de insegurança e por que 12 milhões de pessoas declararam terem sido vítimas de roubo ou furto e 2,5 milhões de agressão em um ano", acrescenta Azeredo.
O cientista político Guaracy Mingardi, que trabalhou para o Ministério da Justiça numa pesquisa nacional sobre vitimização que deverá ser concluída no início de 2011, ressalta que os fatores que levam à sensação de insegurança não têm necessariamente a ver com criminalidade. Como exemplo, cita locais apontados como perigosos, como o centro de São Paulo, que nem sempre são os mais violentos. "Sentir-se seguro ou não depende de vários fatores, inclusive da mídia. E se deve também ao fato de termos uma grau de criminalidade alto", avalia Mingardi.
"É uma constatação. O resultado não surpreende porque temos notícias de que vivemos numa sociedade violenta, em função de fatores como uma distribuição de renda complicada", diz o pesquisador Cimar Azeredo, responsável pelo estudo. Segundo ele, os números são um indicador de que deve haver políticas para melhorar a situação.
É a primeira vez que o IBGE investiga a sensação de segurança da população. Junto à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2009 foi incluído um questionário com perguntas como "Você se sente seguro na sua cidade/no seu bairro/no seu domicílio?". Também foi feito um perfil socioeconômico de vítimas de crimes como roubo, furto e agressão, nesse caso comparável com um trabalho de 1988.
"A pesquisa não levanta o porquê da violência. Agora vamos partir para tentar entender melhor os motivos da sensação de insegurança e por que 12 milhões de pessoas declararam terem sido vítimas de roubo ou furto e 2,5 milhões de agressão em um ano", acrescenta Azeredo.
O cientista político Guaracy Mingardi, que trabalhou para o Ministério da Justiça numa pesquisa nacional sobre vitimização que deverá ser concluída no início de 2011, ressalta que os fatores que levam à sensação de insegurança não têm necessariamente a ver com criminalidade. Como exemplo, cita locais apontados como perigosos, como o centro de São Paulo, que nem sempre são os mais violentos. "Sentir-se seguro ou não depende de vários fatores, inclusive da mídia. E se deve também ao fato de termos uma grau de criminalidade alto", avalia Mingardi.
Insegurança
Segundo o levantamento do IBGE, o Estado do Pará apresentou o maior porcentual de insegurança. No Estado, apenas 36,9% se sentiam seguros nas cidades onde moravam. Em seguida vêm Rio de Janeiro (42,3%) e Distrito Federal (43%). A situação nas região metropolitanas de capitais é ainda pior. No caso do entorno de Belém, apenas 14,6% se sentiam seguros. Os menores porcentuais de sensação de segurança foram registrados na região Norte: 71,6% no domicílio, 59,8% no bairro e 48,2% na cidade. Já a região Sul apresentou as maiores proporções de sentimento de segurança: 81,9%, 72,6% e 60,5%, respectivamente.
O estudo indica que quanto maior é a renda das famílias, maior é a sensação de segurança nos domicílios. Já para os bairros e as cidades, a relação se inverte, com maior sentimento de segurança entre as famílias com menores rendimentos. Moradores de áreas rurais se sentem mais seguros.
Segundo o levantamento do IBGE, o Estado do Pará apresentou o maior porcentual de insegurança. No Estado, apenas 36,9% se sentiam seguros nas cidades onde moravam. Em seguida vêm Rio de Janeiro (42,3%) e Distrito Federal (43%). A situação nas região metropolitanas de capitais é ainda pior. No caso do entorno de Belém, apenas 14,6% se sentiam seguros. Os menores porcentuais de sensação de segurança foram registrados na região Norte: 71,6% no domicílio, 59,8% no bairro e 48,2% na cidade. Já a região Sul apresentou as maiores proporções de sentimento de segurança: 81,9%, 72,6% e 60,5%, respectivamente.
O estudo indica que quanto maior é a renda das famílias, maior é a sensação de segurança nos domicílios. Já para os bairros e as cidades, a relação se inverte, com maior sentimento de segurança entre as famílias com menores rendimentos. Moradores de áreas rurais se sentem mais seguros.
Quando a referência é a cidade onde vivem, a diferença chega a quase vinte pontos porcentuais em relação a moradores de áreas urbanas: 69,3% se sentem seguros em áreas rurais, ante 49,7%, segundo o IBGE. Os homens se declaram mais seguros do que as mulheres tanto em casa como no bairro e na cidade. Quanto maior a idade, menor o porcentual de pessoas que declararam sentirem-se seguras, indica a pesquisa. A sensação de segurança era mais alta na faixa etária de 10 a 15 anos (81,4% no domicílio, 70,4% no bairro e 57,9% na cidade).
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