Estudante do curso de Enfermagem ia fazer prova quando acabourendida por motoqueiro armado. A jovem levou um tiro na cabeça
Quando uma estudante de Enfermagem, de 20 anos,saiu de casa, na manhã de ontem, em Itapoã, Vila Velha, ela tinha o objetivo de ir para a universidade particular onde estuda fazer uma prova. Seria um dia comum,mas no trajeto tudo mudou e, por pouco, a jovem escapou de uma tragédia.
A universitária foi baleada de raspão na cabeça após ser rendida,junto com uma amiga, uma outra estudante de Enfermagem, de 18
anos, por um motoqueiro armado durante um assalto.
O crime aconteceu às 9 h 40 de Sexta feira, na rua Deolindo Perim.
Segundo informações da Polícia Militar, a estudante e a amiga seguiam para a faculdade, quando foram abordadas por um bandido
que estava em uma moto, uma Honda Biz azul, sem placa.
De acordo com a polícia, o bandido apontou uma arma para as jovens e exigiu que elas entregassem
os aparelhos celulares.
A jovem de 18 anos obedeceu e entregou o aparelho. Mas, segundo
a polícia, a jovem de 20 anos disse que não possuía celular. Por
esse motivo, o bandido teria efetuado
o disparo.
Já o pai da jovem, um militar reformado, de 59 anos, contou outra versão.
Segundo ele, a filha disse que o criminoso pediu o celular e, ao puxar o fone de ouvido, percebeu que a vítima estava usando um MP4.
Segundo um morador do bairro que presenciou o assalto, o bandido
vestia bermuda e camiseta.
“Parece que ele estava procurando alguém para assaltar.
Ele abordou as meninas e disse que queria os celulares.
Uma das meninas entregou e saiu correndo desesperada”, contou o morador, que pediu para não ser identificado.
Segundo o morador, após cometer o crime, o bandido colocou a
arma na cintura e fugiu em alta velocidade.
Já a jovem ferida andou algumas metros até cair no chão.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu) foi acionada e levou a vítima para o Hospital de Vila Velha.
Em seguida, ela foi encaminhada ao Hospital Santa Mônica. Segundo
o pai da jovem, o estado de saúde dela é estável.
Até o fechamento desta edição, o bandido ainda não
havia sido preso pela polícia.
A jovem que estava com a universitária baleada foi ouvida na
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi liberada.
MILITAR REFORMADO PAI DA UNIVERSITÁRIA BALEADA
“Minha filha teve livramento de Deus”
Mais tranquilo após saber que a filha, uma estudante de Enfermagem, de 20 anos, estava estável após ter sido baleada na cabeça durante um assalto, o militar reformado, de 59, conversou com a reportagem de A Tribuna.
A TRIBUNA – Sua filha saiu de casa que horas?
PAI DA JOVEM – Ela saiu por volta das 8h40.
Ela iria para a faculdade fazer prova.
Como falo com ela sempre, antes dela sair
disse: “Sai em espírito de oração.”
> Como o senhor ficou sabendo do que tinha acontecido?
Uma moça, próximo ao local, me ligou e falou o que tinha acontecido.
Ela disse que minha filha tinha sofrido um assalto e que deram um
tiro na altura da sobrancelha dela.
Ela ainda disse que minha filha estava bem e isso me tranquilizou.
> Qual foi a reação do senhor quando ela contou o que tinha
acontecido?
Na hora foi desespero completo, pois minha filha tinha sido baleada.
Mas eu disse: “Senhor, está em suas mãos”.
O Senhor cuida, então fiquei mais tranquilo.
>E como ela está agora?
Ela está bem. Está com um pouco de dor de cabeça, mas está bem.
Ela agora vai fazer uma tomografia.
Minha filha teve um livramento de Deus.
Na hora que ele foi fazer o disparo, ela colocou a mão na frente e saiu do foco da bala.
> O que o senhor espera que
aconteça agora?
Espero que minha filha fique bem e que o bandido pague pelo
que ele fez. Isso não é vingança, é justiça .
> Essa é a primeira vez que sua filha é assaltada?
Não, essa é a terceira vez.
Ela sempre falou que teve vontade de
ter spray de pimenta ou arma de choque para poder se defender.
Ela tem essa preocupação com segurança
No final da manhã de ontem, o secretário de Estado da Segurança
Pública, André Garcia, esteve no Hospital Santa Mônica, em Vila
Velha, e visitou a jovem baleada durante um assalto, e o pai dela, um militar reformado, de 59 anos.
Durante a visita, ele conversou com o pai da jovem e amigos dela,
que estavam no hospital.
“Vim aqui prestar a minha solidariedade e entender o que aconteceu”, afirmou o secretário.
Ele ainda disse que, pelo modo como o bandido agiu, acredita que
um menor teria praticado o assalto.
“Estamos fazendo diligências, levantando informações. O trabalho
está sendo feito. Infelizmente não conseguimos evitar tudo.”
Assaltos são constantes, afirmam estudantes
Os assaltos na região da rua Deolindo Perim, em Itapoã, Vila
Velha, onde a estudante de Enfermagem, de 20 anos, foi rendida
junto com uma amiga, são constantes, segundo universitários e
comerciantes.
Uma estudante de Enfermagem, 19, disse que muitos crimes são cometidos por bandidos de bicicleta.
“Quando vejo, entro no posto de combustíveis ou no supermercado
para evitar se assaltada”, contou.
Ela ainda disse que recentemente foi assaltada três vezes na região.
“Ontem mesmo (sexta-feira) meu irmão de 16 anos, que seguia
Já uma outra estudante, 22 anos, reclamou do policiamento.
“Quase não vejo policiais no bairro”.
Um comerciante disse que as mulheres são os principais alvos.
A Secretaria da Segurança Pública e de Defesa Social (Sesp) lamentou o ocorrido com a jovem baleada e informa que a Polícia
Militar realiza patrulhamento motorizado no bairro e em todo o município de Vila Velha.
Também são realizadas operações conjuntas com a Guarda Municipal,
que controla o videomonitoramento,acionando a PM ou subsidiando as investigações da Polícia Civil. “Todo o efetivo do 4° Batalhão está empenhado para prender o acusado”, diz a nota.
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