quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Polícia apreende armas e munição

Duas lojas, em Vitória e Aracruz, foram alvo de operação pela 2ª vez este ano. 
Elas tiveram registro de venda
de armas suspenso
Pela segunda vez em três meses
duas lojas de armas, sendo
uma em Ilha de Santa
Maria, em Vitória, e outra em Aracruz, Norte do Estado, foram alvo de uma operação policial. 
Desta vez, a polícia contou com o apoio do Exército brasileiro.
O objetivo era suspender o registro
que autoriza a venda de armas,
já que os estabelecimentos
continuaram funcionando vendendo o armamento misturado a produtos de caça e pesca.
A operação nos dois municípios
aconteceu na manhã de ontem,
mas a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), não autorizou que os delegados responsáveis pela ação se pronunciassem. 
A Sesp afirmou que convocaria coletiva de imprensa hoje para falar
sobre o assunto.
Porém, o jornal A Tribuna apu -
rou o caso e teve acesso às
informações sobre a operação. 
Policiais do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) e homens do Exército desencadearam a operação que levou o nome do fabricante de armas Smith & Wesson, dando continuidade
ao trabalho iniciado no dia 2 de junho de 2015.
Em junho, cinco pessoas foram
presas, entre elas o dono de uma
das lojas, 12 armas foram recolhidas, e a loja de Ilha de Santa Maria, que tinha um estande de tiro clandestino, que, segundo a polícia, era usado por criminosos foi fechado.
Na ocasião, a polícia afirmou que
os presos faziam parte de uma
quadrilha especializada em venda
ilegal de armas e munição. Porém,
depois disso, as lojas de Vitória e de Aracruz voltaram a funcionar, vendendo produtos de caça e pesca.
Para evitar que continuassem
vendendo armas e munições, já
que os estabelecimentos tinham licença para a venda de armas, o Nuroc cumpriu uma decisão Judicial.
A decisão suspende provisoriamente o certificado de registro para aquisição,
armazenamento e comercialização
de armas, acessórios e munições da empresa Serramar Caça e Pesca Ltda. 
(Vitória) e Aramar Caça e Pesca Ltda. (Aracruz).
Oito armas, 2.630 munições,
9.400 espoletas e 2.300 quilos de
pólvora foram apreendidos. As
empresas, segundo documento ao
qual a reportagem teve acesso,
usavam o registro para continuar o
comércio ilegal de produtos controlados.
Ninguém foi preso.
As lojas continuaram abertas ontem, mas só estava permitida venda de materiais de pesca e roupas

Loja tinha estande de tiros
Na primeira parte da operação
Smith & Wesson cinco pessoas foram presas, 12 armas recolhidas, e uma loja e um estande de tiro clandestino foram fechados. A operação tinha o intuito de desmantelar uma quadrilha especializada em venda ilegal de armas e munições.
Na época, foram mobilizados
para as ações 18 radiopatrulhas e
72 policiais. Ao todo, três lojas de
armas foram alvo dos policiais e
foram cumpridos 13 mandados de
busca. 
As prisões aconteceram em
Vitória, Aracruz e Montanha, Norte
do Estado, e Afonso Cláudio, região serrana.
Na capital, a polícia fechou a loja
Serramar Caça e Pesca Ltda. 
Na época, a delegada do Nuroc, Lana Lages, disse: “A loja não tem autorização da polícia para ter um estande de tiro. 
O local era usado por pessoas que não têm autorização para portar armas e por criminosos para praticar tiro”.
Ao todo, na ocasião, foram apreendidos cinco revólveres calibre 38, quatro espingardas, duas pistolas calibre 938, uma pistola 635, dois coletes à prova de bala, 307 munições e 1.453 cápsulas.
COMERCIANTE CLIENTE DA LOJA
“Fiquei muito surpreso”
Enquanto a polícia fazia a operação e intervenção na loja de armas de Ilha de Santa Maria, em Vitória, na manhã de ontem, um
comerciante, que não quis se identificar, ficou surpreso ao chegar ao local depois de horas de viagem e encontrar o estabelecimento interditado.
Ele contou que pagou R$ 4.100 por uma arma, mas que nunca recebeu o produto.
A TRIBUNA – Quanto o senhor
pagou pela arma?
CLIENTE DA LOJA – Fiz um investimento de R$ 4.100 para obter uma pistola calibre 380, incluindo tramitação da arma e curso de tiro.
Como tem alguns meses que eu
não consigo falar com o vendedor
(o vendedor que atendeu o
comerciante foi preso na primeira operação) para me enviar a arma, eu saí de são Gabriel da Palha para ver o que estava acontecendo.
> Para que o senhor queria
uma pistola?
Para uso pessoal mesmo. Tenho
porte de arma.
> O que sentiu quando viu que
a loja passa por investigação?
Fiquei muito surpreso ao ver vá-
rios homens do Exército, da polí-
cia, e a loja fechada.
Cheguei a fazer teste psicológico
e treino de tiros.
 Achei que estava tudo certo. Espero resolver a situação e contribuir com a polícia.
> O que o senhor pretende fazer
agora?
Vou correr atrás dos meus direitos.
Eu paguei por um produto que
nunca recebi. Vim de longe.

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