terça-feira, 20 de setembro de 2011

PMs expulsos são acusados de facilitar fuga de criminosos

TV Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória


PMs expulsos são acusados de facilitar fuga de criminosos dentro e fora do ES


Seis anos após as denúncias, o alto comando da Polícia Militar expulsou cinco policias acusados de planejarem e executarem fugas de traficantes perigosos dentro e fora do Estado.

Os soldados Rafael Moraes Firme, Fábio Pereira, Jorge Mauro Reis dos Santos, Paulo César Silva Souza e o cabo Sebastião Gomes Lins, estavam há mais de 10 anos de corporação.

Alguns dos cinco policiais expulsos tinham relações estreitas com traficantes perigosos como José Antônio Martins, o "Toninho Pavão", que é considerado pelas autoridades um dos maiores criminosos do país e que se encontra no Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná.

Em 2005, dois deles foram alvos de uma operação policial em Cariacica. Na época, o carro dos PMs foi parado por outros policiais que deram voz de prisão. Liderados por Rafael Moraes, os policiais atiraram contra os próprios colegas de farda e um deles morreu. Com o grupo, havia uma quantia de R$ 100 mil em dinheiro que teria sido pago por traficantes detidos no presídio de Viana.

Para o tenente coronel Antônio Augusto, a expulsão é uma resposta da Polícia Militar para a sociedade. "O que a Polícia Militar adotou nesse momento foi julgar a conduta administrativa dos servidores, ou seja, eles apresentaram uma conduta policial indesejada e inadequada e, por esse motivo, foram julgados indignos de permaneceram usando a farda. Paralelamente, esses inquéritos que se iniciaram em 2005, vão ser utilizados pela Justiça para julgar a conduta deles na esfera judicial. Se julgados condenados, eles podem ser presos pela Justiça", afirmou.

No ano de 2009, 31 processos administrativos contra policiais militares foram instaurados e 14 foram expulsos. No ano seguinte, o números de processos caiu mais da metade, mas aumentou o número de exclusões. Neste ano, o número de processos aumentou assim como o de policiais expulsos que quase chegou a 30.

"Isso aí é uma coincidência em função de somente nesse momento estarmos concluindo com total certeza do envolvimeno de militares em situações inadequadas", comentou o tenente coronel Gustavo.

O advogado Paulo Cesar Cunha Lima do Nascimento, que defende Rafael Moraes Firme e Paulo César Silva Souza informou que vai recorrer da decisão. Ele afirma que ainda cabem recursos para reverter a decisão e alega que não existem provas para condenação. Os advogados dos outros três envolvidos não foram localizados.

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