Foto: Reprodução TV Vitória
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Protesto gera tumulto e bate-boca entre estudantes da Ufes na manhã desta terça-feira(ES)
Estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizaram uma nova manifestação em frente à instituição na manhã desta terça-feira (30) e fecharam as entradas para carros. Houve tumulto entre os próprios universitários já que alguns não são favoráveis ao movimento.
De mãos dadas, os alunos fizeram uma barreira e impediram o acesso de veículos ao campus. Um estudante de engenharia disse que teve a perna, o braço e o cabelo queimados pelo fogo colocado em pneus e reclamou da violência durante o protesto.
"Fomos agredidos. Estávamos tentando conter o protesto de maneira pacífica. A gente pediu para eles não queimarem pneus até para não poluir o ambiente e para não criar mais confusão. Tentamos sentar em cima dos pneus para evitar isso e eles atearam fogo nos pneus com a gente em cima", contou Ronaldo Scandini.
Outro universitário se sentiu desrespeitado pelos manifestantes. "Eu acredito que tem um grupo de alunos que não está comprometido com um futuro melhor e não querem nada. Eles estão parando aqui e não pensaram que tem alunos que querem estudar", disse Jailson dos Santos Carrafa.
O estudante de economia, Vitor Zille Noronha, defende a manifestação. Ele explicou que os universitários participaram de uma assembléia na última sexta-feira (26) e pautaram 20 reivindicações, entre elas a abertura do restaurante universitário. "Entregamos nossa pauta de reivindicação com mais de 20 pontos para a reitoria, que ainda não respondeu nosso documento, mas promete que ainda hoje responderá", afirmou o manifestante.
As opiniões entre os estudantes estão divididas. Enquanto eles discutiam e a entrada de carros era impedida, alguns motoristas se arriscaram e estacionaram em local proibido. Outros, optaram por buscar vagas no bairro Jardim da Penha. "Cheguei para trabalhar e não consegui estacionar. Pedi para estacionar em um posto de gasolina e em uma maternidade, mas eles não têm vaga porque a demanda também é grande. Estou aqui parada, refém dos estudantes porque eles deixam entrar a pé, mas não de carro. É uma baderna que não tem lógica", comentou a assistente social Eliana de Queiroz.
A Administração Central da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES – informou por meio de nota que até o momento não foi necessário solicitar policiamento reforçado e que considera inaceitáveis as manifestações realizadas por um grupo de estudantes que desde a última segunda-feira, dia 29, interdita os acessos ao campus de Goiabeiras.
Na manhã do dia 29, o reitor, Reinaldo Centoducatte, e outros integrantes da Administração reuniram-se por duas horas com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação – Sintufes – e da Associação dos Docentes – Adufes – também foram convidados e participaram da reunião.
Na ocasião, o reitor recebeu e debateu as reivindicações, comprometendo-se a confirmar as respostas por meio de documento, embora várias delas dependam exclusivamente do Governo Federal ou do Congresso Nacional. O reitor reafirmou a sua disposição em manter o permanente diálogo.
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