Em uma região cheia de riquezas, os moradores garantem o sustento da família na terra ou no mar. Na região Sul do Estado, a pesca de sururu e a produção de frutas são o grande destaque.
Em Piúma, o dia começa à beira-mar. O balneário é envolvido por ilhas e pelo Monte Agha, uma formação natural que serve de orientação para a navegação até nos dias de hoje. Para chegar até a Ilha dos Cabritos, local da criação de sururus, os pescadores precisam enfrentar 40 minutos de barco. As marisqueiras fazem esse trajetos várias vezes por mês.
“Saímos de casa às 5 horas da manhã. Ver o sol nascer às 6 é a coisa mais linda… É um visual que não tem como comparar, é muito bom…”, comentou a marisqueira Crenilza Cardoso Oliveira.
O sururu é colocado ainda novinho em cordas que ficam submersas, onde se desenvolvem no habitat natural.
A produção em módulos no mar de Piúma começou há pouco mais de dez anos. No ano passado, uma tonelada foi comercializada. “É melhor do que a pesca. Todo dia trabalhamos, todo dia vendemos… Mando para Cachoeiro e até para Campos”, acrescentou o maricultor Antonio Carlos.
Também é da água sai a matéria-prima para o trabalho do artesão Ivanilson Adão. Há 35 anos, ele faz verdadeiras obras de arte. Piúma é a cidade responsável pela produção de 85% do artesanato feito com conchas no Brasil.
“O artesanato é um cartão de visitas da cidade. Através dele temos divulgado Piúma, que é conhecida como a cidade das conchas”, afirmou.
O produtor de acerola Pedro Bandeira também vivia do turismo em Piúma. Ele vendia milho na praia, mas decidiu largar tudo para plantar acerolas. Durante o período da entressafra da acerola, ele aproveita para cuidar da planta, fazer a poda e preparar a árvore para a colheita que começa antes do final do ano.
“Vão ser três meses tratando e depois três meses de plantação direta. Ela começa a florir e novembro, dezembro e janeiro é produção direto”, completou.
“O nosso pólo é o pólo de acerola, mas estamos diversificando. Temos hoje o maracujá, a manga e a goiaba que fazem parte das polpas comercializadas pela cooperativa”, informou o presidente da Coopervidas, Adyr Brumini.
Há poucos quilômetros, produtores de banana de Iconha encontraram na merenda escolar uma garantia de rentabilidade. “São 28 associados e estamos conseguindo R$ 26 por caixa enquanto no atravessador paga R$ 8”, explicou o associado Gustavo Paganini Dadalto.
A BR 101 passa dentro de Iconha. A cidade das carretas tem mais de três mil veículos de transporte emplacados.
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