quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Padrasto e enteado são assassinados a tiros dentro de casa


Padrasto e enteado são assassinados a tiros dentro de casa em bairro de Cariacica (ES)


Dois homens foram mortos a tiros dentro da casa onde moravam na madrugada desta quinta-feira (25) no bairro Vista Mar, em Cariacica. Uma mulher, que é mãe e esposa das vítimas, presenciou o crime.

A comerciante contou que, na última terça-feira (23), o marido chegou em casa e fez uma revelação. "Ele chegou outro dia falando que tinha feito uma besteira, mas não falou o que tinha feito", disse Silvia Renata da Vitória.

Nesta madrugada, um homem encapuzado arrombou a porta principal da casa e, depois, a do quarto do desempregado Victor Luiz da Vitória, de 26 anos, que foi o primeiro a ser executado a tiros.

Em seguida, no quarto do casal, o atirador matou o auxiliar de oficina, Antônio Celso de Alvarenga, de 37 anos, que tinha passagem pela Justiça, por porte ilegal de arma. A mulher dele chegou a ficar frente a frente com o criminoso.

"Eu abri a porta e fiquei de frente para ele. Meu marido estava do lado e ele descarregou a arma no meu marido", contou a comerciante. É chocante. Uma situação dessa a gente vê tanto no jornal e quando vai ver acontece na sua própria casa", comentou Silvia.

Segundo a polícia, Victor Luiz tinha passagem pela Justiça por tráfico de drogas. Revoltada com o crime, a mãe pediu que o colchão em que o filho dormia fosse queimado. "A última hora que eu olhei para ele foi quando ele me deu um prato de comida na mão e foi assistir televisão dentro do quarto dele. Depois só o vi morto", afirmou a comerciante.

Os outros dois filhos da comerciante, de 15 e 18 anos, dormiam em outro quarto, quando a casa foi invadida. Segundo a mãe, eles se esconderam ao lado de uma mesa de computador para não serem mortos como o irmão e o padrasto.

"Como a porta do quarto deles estava aberta, eles não viram ninguém trancado, olharam para as camas que estavam vazias e foram para dentro do meu quarto. Perdi duas partes da minha vida. Já tinha 15 anos que o Antônio morava comigo. Era uma pessoa que me ajudava na hora que eu precisava, empurrando a minha cadeira de rodas, me levando para médico e agora não tem mais nem um, nem outro", disse a mulher.
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