quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Detento que fugiu recapturado

TV Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória


Detento que fugiu pela porta da frente de presídio é recapturado pela polícia na Serra

(ES)
Um homem que fugiu do Centro de Detenção Provisória de Viana no dia 20 de julho foi recapturado pela polícia na madrugada desta quarta-feira (10). Geovani Monteiro, de 25 anos, é suspeito de integrar uma quadrilha responsável por, pelo menos, dez assassinatos nos bairros Ibes, Santa Inês e Jardim Guaranhuns, em Vila Velha.

O foragido estava uma casa alugada pelo cunhado, no bairro Cidade Continental, na Serra. Geovani contou detalhes sobre o que fez para fugir pela porta da frente da unidade prisional com o alvará de soltura em nome de outro preso.

"Foi fácil porque eu conversei com ele e falei dos meus problemas. Ele nunca tinha sido preso e eu falei que iria pagar a fiança para ele ir embora também. Ele concordou comigo. Eu fui embora com o nome dele, foi falha do presídio, então o juiz tinha que soltar ele porque ele estava com alvará. Eu não tinha feito o cadastro ainda lá no presídio e estava barbudo. Quando fui preso estava sem barba e quando eu saí, estava barbudo. Ele também não tinha cadastro, foi fácil. Nem os agentes nem o diretor me reconheceram", explicou Geovani.

Os policiais decidiram intensificar as buscas a Geovani depois que receberam a informação de que ele fugiria do Estado. Desta vez, para tentar evitar que ele volte a escapar da cadeia, a polícia encaminhou Geovani para o Presídio de Segurança Máxima de Viana.

"Nós fizemos um trabalho em conjunto com o setor de inteligência da Secretaria de Justiça e ele já está sendo transferido para o regime de segurança máxima. A gente espera que ele não fuja mais, inclusive, falta um ano ainda para o Dia do Amigo. É um direito dele falar o que ele quiser. Nós é que vamos provar o que aconteceu realmente", disse o delegado José Lopes.
Foto: Reprodução TV Vitória

Em poder de Rafael Barbosa Fonseca, cunhado de Geovani e também conhecido como "Mão de Onça", a polícia apreendeu uma pistola nove milímetros. "Cheguei, paguei o primeiro aluguel e entrei para a casa com minha mulher e meus filhos. Não estava fazendo nada de errado, só estava morando lá. Ele saiu e foi para lá. É meu cunhado. Apareceu lá e eu não ia colocá-lo para fora. Ele estava lá desde o dia em que saiu", disse Rafael, que também foi detido.

De acordo com Geovani, ele passou a maior parte do tempo dentro da casa do cunhado. "Eu não podia sair porque minha foto estava passando no jornal então, se eu saísse, alguém iria me reconhecer. Tinha que esperar pararem de falar de mim para sair", disse.

Um revólver calibre 38 foi apreendido em poder do ex-namorado da irmã de Geovani, Rossini Carlos de Oliveira Júnior, de 20 anos. Ele é apontado pela polícia como gerente do tráfico de drogas do bairro Guaranhuns e foi preso na mesma operação que reuniu 40 policiais. Ele disse que comprou a arma por R$ 600 na feira de Aribiri, em Vila Velha.

"Não tenho ligação nenhuma com o Geovani. Sou ex-namorado da irmã dele. Não atuo no tráfico. Estou preso porque falaram que eu conheço ele, sendo que eu fui vê-lo pela primeira vez agora e na televisão. Eu estava armado. Foi facinho comprar a arma, é só chegar lá que acha. É só chegar lá com o dinheiro na mão que você acha. Quem tem boca vai à Roma. O cara fica lá no meio da rua, você chega e se ele tiver peça para vender ele te vende, se não tiver, você sai saindo", afirmou Rossini Júnior.

O secretário de Estado da Justiça, Ângelo Roncalli, informa que neste ano, 121 fugitivos do sistema prisional foram recapturados.

Roncalli esclarece que a Corregedoria encerrou as investigações sobre a fuga de Geovani Monteiro e concluiu que houve negligência e falta disciplinar grave por parte de três agentes penitenciários. Agora, eles responderão a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).

O secretário lembra que o número de fugas tem se reduzido drasticamente nos últimos anos no sistema penitenciário do Estado. Hoje, o índice de fuga é menor que 1%. Em 1998, o índice de fugas chegou a 50% da população carcerária.

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