Na quinta-feira (7) a morte de Cazuza completou 21 anos. O cantor e compositor nasceu no dia 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro.Agenor de Miranga Araújo Neto, o Cazuza, começou a fazer sucesso no início da década de 80, quando fazia parte do grupo Barão Vermelho.
Após quatro anos com o grupo, o cantor resolveu seguir carreira solo e seu disco de estreia foi Exagerado.
Cazuza morreu no dia 7 de julho de 1990, aos 32 anos, de complicações decorrentes da Aids.´
Talvez a nova geração não saiba muito bem quem foi Cazuza. Para confirmar isto basta ter como termômetro a música ´Malandragem´, dele e de Frejat, que para os desavisados é confundida como sendo de autoria de Cássia Eller, o que até não significa uma heresia em si pois os dois artistas tem muito em comum.
Mas a obra de Cazuza merece uma visibilidade bem maior, é preciso saber que Cazuza, nascido Agenor de Miranda Araújo Neto em 04 de abril de 1958, foi uma parte da história do rock nacional. Poeta inquieto que com palavras retratou a década de 80, Cazuza fez canções que são puro sentimento.

Sem meias palavras, mas com todo envolvimento que só os poetas sabem fazer, suas letras trazem o cotidiano, a gíria, a solidão, a angústia, a verdade e o amor, traduzindo toda bem sua geração.
Cazuza foi um poeta moderno, um artista ousado. Sua voz era a pimenta em canções intensas, que retratavam bem sua necessidade de viver profundamente. Segundo ele próprio, a letra da canção ´Exagerado´ é a mais autobiográfica de sua carreira.

Filho único do produtor fonográfico João Araújo e de Maria Lúcia Araújo, Cazuza ganhou o apelido em homenagem ao avô paterno, que era de Pernambuco, onde se usa o termo ´cazuza´ para ´molequinho´.
O ´poeta exagerado´ nasceu no Rio de Janeiro e cresceu ouvindo música, principalmente brasileira. Quando era criança, Cazuza gostava muito de ouvir os discos da coleção do pai, especialmente Cartola, Maísa, Lupicínio Rodrigues e Nelson Gonçalves.
Em pouco tempo, o nosso homenageado começou a escrever seus primeiros poemas e letras de música. Nos anos 70, Cazuza passou uma temporada em Londres e voltou fã de alguns ídolos do rock, como Janis Joplin e Led Zeppelin.
Foi na década de 70, também, que ele entrou na universidade para cursar Jornalismo. Mas, depois de um mês de aulas, abandonou o curso e foi trabalhar na gravadora Som Livre. Em seguida, Cazuza foi morar nos Estados Unidos, onde teria recebido muitas influências musicais. De volta ao Rio, resolveu trabalhar como ator. Era o início da década de 80...

Foi então que seu desempenho chamou a atenção de Léo Jaime, que o apresentou ao Barão Vermelho. O encontro de Cazuza com o grupo rendeu ótimos frutos, principalmente a dupla de compositores Cazuza e Frejat...
Cazuza passou a ser vocalista daquela que se tornou uma das bandas mais importantes do rock brasileiro em todos os tempos... Mas, em 1985, ele se desligou do Barão Vermelho e, naquele mesmo ano, lançou ´Cazuza, exagerado´.
A carreira solo foi muito bem-sucedida, com cinco discos lançados em quatro anos. Cazuza foi o primeiro artista brasileiro a assumir publicamente que tinha Aids. Foi no ano de 1989... Dessa forma, ele acabou colaborando para a campanha de conscientização sobre a doença, sensibilizando muitas pessoas.
As imagens dos relacionamentos amorosos e comportamentos humanos foram descritos por Cazuza e vestidos por inúmeros parceiros musicais, na forma de baladas, blues, canções românticas e rocks.
Em 1997 Cássia Eller gravou o CD ´Veneno Antimonotonia´, só com músicas do artista. Além de ´Cazuza, exagerado´, os discos que Cazuza nos deixou são: ´Só se for a dois´, de 1987; ´Ideologia´, do ano seguinte; e ainda ´O tempo não pára´ e ´Burguesia´, este seu único álbum duplo.
Poeta especial, cantor e compositor imortal, ele é, sem dúvida, um nome inesquecível em nossa música. Ao falecer, em sete de julho de 1990, Cazuza deixou saudades...
Muitos quiseram que, naquele dia - diferente da música - o tempo parasse.
A SOCIEDADE VIVA CAZUZA
Depois de sua morte, a mãe, Lucinha Araújo, também passou a se dedicar intensamente à causa, fundando a Sociedade Viva Cazuza, entidade de apoio às crianças aidéticas. Outra criação dela foi o livro ´Cazuza, só as mães são felizes´...
Nos últimos dez anos ela tem estado à frente da Sociedade Viva Cazuza, uma organização sem fins lucrativos que tem a intenção de auxiliar as vítimas do HIV de várias maneiras.
É claro que a morte de Cazuza, que era o único filho de Lúcia Araújo, deixou-a muito consternada. O que aconteceu em seguida foi meio que inesperado para ela: ´Após ter perdido meu filho, eu pensei em riscar a AIDS de meu mundo para sempre.´
Houve um show na Praça da Apoteose no dia 17 de outubro de 1990, e a renda foi revertida em benefício de hospitais que tratassem da AIDS, como o Gafrée & Guinle, no Rio de Janeiro.
´Ficamos surpresos que os médicos não estavam interessados somente no dinheiro; eles nos convidaram a ajudar também, e assim estava fundada a Sociedade Viva Cazuza.´
Os primeiros dois anos de existência da sociedade Viva Cazuza foram dedicados ao hospital Gafrée & Guinle através de doações de cestas básicas, kits-teste de HIV, e, com ajuda da sociedade, o hospital duplicou as instalações dedicadas aos doentes de AIDS.
Em 1992, a sociedade se desligou do hospital (motivos não foram revelados) e criou seu próprio abrigo para crianças infectadas com o vírus HIV.
A casa foi doada pela prefeitura do Rio de Janeiro. A Sociedade Viva Cazuza hoje atende a trinta crianças que estão sob os cuidados de fisioterapeutas, dentistas, assistentes sociais e uma nutricionista. O programa inclui várias atividades educacionais e de
lazer.

A Sociedade também criou um projeto em que 48 pacientes recebem assistência em casa, através de visitas mensais a estes, sob a supervisão de um médico e de um assistente social.
Eles doam cestas básicas,preservativos e remédios de acordo com a necessidade de cada um.
A Sociedade Viva Cazuza também coordena serviços educacionais àqueles que trabalham com pessoas infectadas, e fazem consultoria à mídia em relação à AIDS.
Outro ponto importante é o fórum interativo no qual médicos e pacientes discutem o HIV. O fórum também traduz documentos e relatórios de congressos que acontecem no mundo todo,bem como de jornais médicos internacionais.
Ela me recomendou a leitura da biografia,dizendo:´Tenho certeza que você terá a oportunidade de conhecer melhor um lado de meu filho que não era de conhecimento público.
A Sociedade Viva Cazuza vive dos direitos autorais das canções de Cazuza, da venda do livro ´Só As Mães São
Felizes´, e de doações de pessoas físicas e jurídicas.
Doações de alimentos não-perecíveis, remédios, roupas e produtos de limpeza podem ser feitos para:
Sociedade Viva Cazuza
Rua Pinheiro Machado 39,
Laranjeiras - Rio de Janeiro
CEP: 22231-090 - Brazil
Doações em dinheiro podem ser creditadas à conta da Sociedade Viva Cazuza no Bradesco,agência 0887-7 (Rio
de Janeiro), conta 26901-8
E a Rádio Miséria faz uma justa homengaem à Cazuza com um Super Especial logo mais às 20hs.
Curta agora sucessos do Astro!
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