TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória![]() |
Capixaba luta na justiça há dois anos para voltar a ver filha levada pela mãe para o Peru (ES)
Segundo o pai, a menina foi levada do Brasil pela mãe peruana meses após completar um ano de idade. "As primeiras palavras dela, quando ela começou a andar, o desenvolvimento dela até esses três anos e meio eu não acompanhei. Sinto falta de pode exercer o meu papel de pai e tenho certeza que ela sente falta de ter a presença do pai. A gente era muito grudado e ela é muito parecida comigo. Eu não sei mais o que é ser pai", disse o empresário Alex Cutini.
Alex e Andrea se conheceram nos Estados Unidos durante um intercâmbio em 2006. Quando o programa terminou, eles voltaram aos países de origem. Foi quando Andrea descobriu que estava grávida e decidiu vir para o Espírito Santo. A mulher morou e trabalhou por aqui como professora por quase um ano. Em dezembro de 2008, Andrea viajou de férias ao Peru e levou a filha e as duas nunca mais voltaram.
"Ela falou que a vida dela mudaria muito aqui no Brasil. Que lá no Peru ela poderia voltar aos estudos, seguir trabalhando e estaria perto da família dela. Eu entendo que morar em outro país é muito complicado, mas essa atitude eu não esperava", comentou o empresário.
Matar as saudades, apenas pelas fotos que estão espalhadas por toda casa, ou pelos telefonemas. Alex fala com a filha quase todos os dias. "Tem semanas que eu consigo falar praticamente todos os dias da semana, tem semana que consigo falar só duas vezes. Tem uma diferença muito grande na forma dela me responder quando a Andrea está em casa e quando ela não está", contou.
O pai guarda até o primeiro curativo, que Bianca usou após ralar o joelho engatinhando. A esperança de tê-la de volta e brigar pela guarda está no processo administrativo que começa a ser analisado no Peru. Uma batalha dolorosa, que, segundo Alex, contou com muito pouco apoio do governo brasileiro. "Infelizmente eu tenho que dizer que parece que é só mais um caso. Vamos tentar, se der certo, deu", afirmou.
A especialista em Direito Internacional, Stela Santana, explicou que as crianças só podem ficar fora do país durante o período autorizado pelos pais. Exceder esse limite caracteriza crime de rapto, como acordado pelo Brasil em tratado internacional.
"A convenção Internacional sobre sequestro de menores foi aprovada nos anos 80. O Brasil ratificou em 2000 e o Peru em 2001. Ela está em vigor nos dois países e estabelece o seguinte: quando um dos pais retira a criança indevidamente do país, essa criança tem a obrigação de voltar para o país de residência habitual, independente do local de nascimento. O que conta é a residência habitual", explicou Stela.
O pai fica na expectativa e pretende voltar a conviver com a filha o mais rápido possível. "O que eu mais quero é a guarda permanente, poder cuidar da minha filha. Poder estar presente e com bastante consciência, sem retirar o contato dela com a mãe", disse Alex.
Gostou? Então divulgue!
TwitterFaceBookGoogle Buzz
Loading

Nenhum comentário:
Postar um comentário