Acidente com moto em Vitória. Um dos quatro do final de semana
O final de semana foi violento nas estradas da Grande Vitória, principalmente para quem estava sobre duas rodas. Quatro acidentes envolvendo motociclistas foram registrados entre sábado (4) e domingo (5). Três condutores morreram, dois deles não tinham Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Três pessoas ficaram feridas.Na manhã deste domingo, em menos de três horas, dois motociclistas se envolveram acidentes em Vitória. Por volta das 7h30, Vinicíus da Conceição Faustino, 31 anos, seguia para Vila Velha, quando se envolveu em uma colisão com um carro em frente à Rodoviária de Vitória. O condutor do carro, o agente penitenciário José Roberto do Nascimento, 40 anos, não se feriu. Já Vinicíus e o amigo, que estava no carona da moto, sofreram ferimentos leves.
Em outro acidente, Wagner Soares Corrêa, 20 anos, colidiu com sua moto contra um poste, na saída das Cinco Pontes, no bairro Ilha do Príncipe, em Vitória. O fato ocorreu por volta das 10h. Ele foi atendido por uma ambulância do Samu 192 e levado para o Hospital São Lucas, em Vitória, onde morreu na tarde deste domingo. O rapaz corria o risco de ficar sem a perna direita.
Rapazes sem habilitação morrem
Durante a madrugada deste domingo, Jenildo dos Santos Oliveira, de 23 anos, morreu depois de bater em um poste quando pilotava uma moto, na Rodovia Serafim Derenze, em São Pedro, Vitória. O acidente aconteceu por volta das 3 horas. O sábado também foi marcado por morte sobre duas rodas. O açougueiro Vanderson Schroeder, de 21 anos, também perdeu a vida ao colidir frontalmente com um caminhão em Viana. Os dois jovens pilotavam motos sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) há bastante tempo, segundo seus pais.
Lenilsa dos Santos, 58 anos, chora a morte do filho Jenildo dos Santos, 23 anos, que acidentou-se com moto em São Pedro
Familiares das vítimas estiveram no Departamento Médico Legal (DML), na manhã deste domingo, para liberação dos corpos de Jenildo e Vanderson. A dona de casa Lenilce dos Santos Oliveira, de 58 anos, mãe de Jenildo, disse que o filho dela nunca ouvia os apelos dela para que ele parasse de guiar o veículo sem uma CNH.
"Esses jovens de hoje em dia não escutam a gente. É um caso que serve de alerta para outros pais. Meu filho estava em uma festa. Um amigo dele, que é dono da moto, ficou nessa festa e pediu para meu filho levar uma moça para casa dela. Ela é uma vizinha nossa. É tanta tristeza que nem consigo falar direito. Coitado do meu filho", disse às lágrimas.
Jenildo era pai de um menino de dois anos de idade. A moça que estava na garupa da moto no momento do acidente foi identificada pelos familiares do rapaz como Núbia Rocha, a idade não informada. Ela foi encaminhada ao Hospital São Lucas e estaria em estado grave, mas estável, de acordo com os familiares do rapaz - até o fechamento desta reportagem.
Viana
Já em Viana o acidente ocorreu às 18h30 de sábado. Vanderson Schroeder havia comprado um presente para a namorada minutos antes da colisão com o caminhão. Parentes e amigos do jovem informaram que o caminhoneiro perdeu controle da direção e bateu de frente com o motociclista.
O trabalhador rural José Schroeder, de 41 anos, pai de Vanderson, afirmou que o filho pilotava motos desde a adolescência e que sempre prorrogava o exame da CNH. "Meu filho sempre pensava nesse negócio de carteira, mas com a gente morando na roça... Ele estava preocupado agora era com outras coisas, mas não deixava de pensar em tirar a carteira", disse.
O acidente com Vanderson ocorreu em uma estrada que leva para distrito de Pedra da Mulata. O caminhoneiro não fugiu do local e foi encaminhado à Polícia Civil para prestar esclarecimentos, segundo os familiares de Vanderson.
Acidentes custam aos cofres públicos pelo menos R$ 6,6 milhões por mês
Um total de R$ 6,6 milhões por mês. Este é o valor que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) gasta no tratamento de vítimas de acidentes de trânsito internadas nos Hospitais Estaduais São Lucas, em Vitória, e Dório Silva, em Serra. De 2006 a 2010, o Samu 192 registrou um aumento de 211% no atendimento a estes pacientes.
O custo pode ser maior ainda quando são comprados serviços na rede privada. Há situações em que o valor pode chegar a R$ 2,8 mil por pessoa e por dia neste caso, superando a média mensal de R$ 11 mil gastos por paciente na rede pública - os atendimentos clínicos custam em média R$ 4 mil.
As colisões com motos registraram crescimento de 1.200% entre 2006 e 2010
As colisões envolvendo motocicletas com carros são as mais comuns segundo registros do Samu 192. Os motociclistas geralmente sofrem traumas mais graves, acometendo principalmente as pernas.
O fato é preocupante, pois os acidentes com motocicletas apresentam crescimento muito superior aos acidentes de trânsito em geral. Enquanto estes aumentaram 211% entre 2006 e 2010, as colisões com motos cresceram, no mesmo período, 1200%.
Embora neste intervalo de tempo o Samu 192 tenha se expandido para Guarapari, Região Serrana e Litoral Sul, a maioria dos atendimentos realizados está concentrada em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Fundão, onde o serviço atua desde 2006.
"Esses jovens de hoje em dia não escutam a gente. É um caso que serve de alerta para outros pais. Meu filho estava em uma festa. Um amigo dele, que é dono da moto, ficou nessa festa e pediu para meu filho levar uma moça para casa dela. Ela é uma vizinha nossa. É tanta tristeza que nem consigo falar direito. Coitado do meu filho", disse às lágrimas.
Jenildo era pai de um menino de dois anos de idade. A moça que estava na garupa da moto no momento do acidente foi identificada pelos familiares do rapaz como Núbia Rocha, a idade não informada. Ela foi encaminhada ao Hospital São Lucas e estaria em estado grave, mas estável, de acordo com os familiares do rapaz - até o fechamento desta reportagem.
Viana
Já em Viana o acidente ocorreu às 18h30 de sábado. Vanderson Schroeder havia comprado um presente para a namorada minutos antes da colisão com o caminhão. Parentes e amigos do jovem informaram que o caminhoneiro perdeu controle da direção e bateu de frente com o motociclista.
O trabalhador rural José Schroeder, de 41 anos, pai de Vanderson, afirmou que o filho pilotava motos desde a adolescência e que sempre prorrogava o exame da CNH. "Meu filho sempre pensava nesse negócio de carteira, mas com a gente morando na roça... Ele estava preocupado agora era com outras coisas, mas não deixava de pensar em tirar a carteira", disse.
O acidente com Vanderson ocorreu em uma estrada que leva para distrito de Pedra da Mulata. O caminhoneiro não fugiu do local e foi encaminhado à Polícia Civil para prestar esclarecimentos, segundo os familiares de Vanderson.
Acidentes custam aos cofres públicos pelo menos R$ 6,6 milhões por mês
Um total de R$ 6,6 milhões por mês. Este é o valor que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) gasta no tratamento de vítimas de acidentes de trânsito internadas nos Hospitais Estaduais São Lucas, em Vitória, e Dório Silva, em Serra. De 2006 a 2010, o Samu 192 registrou um aumento de 211% no atendimento a estes pacientes.
O custo pode ser maior ainda quando são comprados serviços na rede privada. Há situações em que o valor pode chegar a R$ 2,8 mil por pessoa e por dia neste caso, superando a média mensal de R$ 11 mil gastos por paciente na rede pública - os atendimentos clínicos custam em média R$ 4 mil.
As colisões com motos registraram crescimento de 1.200% entre 2006 e 2010
As colisões envolvendo motocicletas com carros são as mais comuns segundo registros do Samu 192. Os motociclistas geralmente sofrem traumas mais graves, acometendo principalmente as pernas.
O fato é preocupante, pois os acidentes com motocicletas apresentam crescimento muito superior aos acidentes de trânsito em geral. Enquanto estes aumentaram 211% entre 2006 e 2010, as colisões com motos cresceram, no mesmo período, 1200%.
Embora neste intervalo de tempo o Samu 192 tenha se expandido para Guarapari, Região Serrana e Litoral Sul, a maioria dos atendimentos realizados está concentrada em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Fundão, onde o serviço atua desde 2006.
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