Alguns participantes se dirigiram, então, à estação Anhangabaú da linha 3-vermelha do metrô, e tentaram pular as catracas. Os seguranças do Metrô reagiram com cassetetes para retirar os manifestantes da estação, e teve início uma confusão.
Alguns manifestantes usaram armas de paintball, mas a Polícia Militar foi acionada e usou bombas de efeito moral.
Diversas lâmpadas da estação, assim como catracas, ficaram destruídas na correria. Manifestantes, repórteres e fotógrafos que acompanhavam o protesto foram atingidos.
Uma fila de ônibus chegou a se formar no terminal Bandeira, e o trânsito na avenida Nove de Julho também ficou prejudicado.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, que acabou em confronto no metrô |
FAIXAS
Cerca de 250 pessoas se reuniram para o protesto, que começou no fim da tarde em frente ao Theatro Municipal, passou pela sede da prefeitura e seguiu por ruas do centro.
Animados pela bateria do Bloco da Lona Preta, participaram estudantes, sindicalistas, trabalhadores e militantes de partidos políticos.
Integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) exibiram cartazes contra o prefeito Gilberto Kassab, ironizando sua estratégia de fundar um novo partido para sair do DEM sem correr risco de perder o mandato.
Na semana passada, um boneco com a foto do prefeito foi queimado próximo à sua casa. Hoje, uma faixa foi queimada em frente à prefeitura.
Um das faixas carregadas pelos manifestantes dizia: "MPL pode mais que PDB" -- a sigla remete ao Partido da Democracia Brasileira, partido arquitetado por Kassab. Outra faixa exibia: "PDB = Partido Do Busão".
A intenção dos manifestantes era de que Kassab saísse de seu gabinete na prefeitura para conversar com os manifestantes, o que não ocorreu.
A Polícia Militar acompanhou toda a manifestação, mas a maior parte dos policiais ficou na prefeitura. Outro protesto ocorrido no local, em 17 de fevereiro, terminou em confronto entre PMs e manifestantes, e cada lado acusou o outro de acirrar os ânimos. A PM se defendeu usando imagens de TV.
O Comitê de Luta Contra o Aumento e o MPL já organizaram mais de dez protestos contra o aumento da tarifa do ônibus, que subiu em janeiro de R$ 2,70 para R$ 3 por decreto de Kassab.
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