TV Vitória
A mulher apontada como intermediária para a entrega do bebê que seria vendido a uma família do Rio de Janeiro prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (1º). A balconista, de 18 anos, disse ao delegado titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente que entregaria a criança porque a gestante queria abortar. Ela afirmou a Marcelo Nolasco que orientou a vizinha a doar o recém-nascido para a prima do namorado, que mora do Rio de Janeiro. Segundo a balconista, a mulher que recebeu a criança chegou a pagar exames e despesas hospitalares da mãe do bebê.
"Ela queria abortar o bebê, tomou vários remédios e falei com ela que não era para ela fazer isso. Disse que era para ela dar a criança e passei o número do telefone. Depois ela começou a manter contato com essa mulher e me ligou no dia de ganhar o bebê. Eu fui no hospital e falei para ela decidir não entregar a criança, mas ela disse que o bebê era dela e daria ele. O marido dela falou que não era para eu me envolver e depois disso não sei o que aconteceu", alega a jovem.
O delegado comentou as declarações da suspeita. "De acordo com o que ela fala e de acordo com o que a mãe fala não teria sido uma venda, mas sim uma adoção absolutamente irregular e ilegal. Nós estamos investigando se houve a venda. Mas ainda assim essa adoção é ilegal. Adoção tem regras. As pessoas envolvidas estão passíveis de penalidade de acordo com a conduta no caso".
O delegado também pretende ouvir o namorado da balconista e a prima dele, que está com o bebê. Marcelo Nolasco vai solicitar à Vara da Infância e Juventude um mandado de busca para apreender a criança. "Ao que tudo indica essa criança já foi registrada em nome de uma outra pessoa no Rio e nós ainda não temos uma devida qualificação e endereço. Localizando, essa criança vai ser apreendida e entregue ao juíz", assegura Nolasco.
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