sexta-feira, 18 de março de 2011

Corpos dos jovens mortos em hotel não têm sinais de violência, diz tia

Mulher não acredita na hipótese de crime passional.
Segundo polícia, não há sinais de violências nos corpos dos jovens.
Cortejo de enterro do jovem Gustavo Ribeiro, no Cemitério Bonfim, Região Noroeste de Belo Horizonte. (Foto: Alex Araújo/G1 )
Cortejo de enterro do jovem Gustavo Ribeiro, no Cemitério Bonfim, Região Noroeste de Belo Horizonte.

A tia de Gustavo Ribeiro, encontrado morto junto com a namorada dentro de uma pousada de luxo na Grande BH, disse na tarde desta sexta-feira (18) que não existe a possibilidade de os jovens terem sido assassinados. Carlice Souza conversou com o G1 no velório de Gustavo. De acordo com a tia, o médico legista responsável pela necropsia informou a ela que não há sinais de violência nos corpos. A Polícia Civil confirmou o resultado do exame.

Segundo a polícia, o laudo, que deve ficar pronto em 30 dias, vai comprovar se houve consumo de drogas ou outras substâncias químicas. De acordo com a delegada Cristina Coeli, durante a perícia realizada nesta quinta-feira (17), nenhuma substância foi encontrada no quarto da pousada, o que descarta a possibilidade de envenenamento.

De acordo com Carlice, que acompanhou as ações da perícia no hotel e seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) junto com os corpos, os funcionários da pousada disseram que o comportamento dos estudantes não deixou transparecer brigas ou desentendimentos. Os jovens foram vistos pela última vez durante o jantar, por volta das 22h desta terça-feira (15). De acordo com eles, o casal era amoroso e educado.

O casal foi até o hotel para comemorar um ano de namoro e reservou um chalé por uma noite. Eles ficariam no local da terça-feira (15) para a quarta-feira (16). Na quarta, o casal não se apresentou para encerrar a diária. Segundo a tia de Gustavo, os funcionários foram até o local para saber se estava tudo bem e escutaram barulho de água vindo de dentro do quarto. Eles decidiram procurar pelos estudantes em outro momento. Na quinta-feira (17), o hotel acionou a polícia. De acordo com a polícia, o local onde os universitários estavam foi descoberto depois de investigações em redes sociais, após o registro de desaparecimento feito pela família da Alessandra Paolinelli.

A perícia não informou o dia e a hora em que os jovens teriam morrido. A tia da vítima disse que a polícia suspeita que a morte tenha ocorrido entre 0h e 5h desta quarta-feira (16).
Alessandra Paolinelli e Gustavo Ribeiro, em um casamento (Foto: Arquivo Pessoal)
Alessandra Paolinelli e Gustavo Ribeiro, em um
casamento

A mulher informou ao G1 que as famílias de Gustavo e Alessandra apoiavam o namoro. Segundo ela, os jovens não usavam drogas e tinham hábitos saudáveis. Para Carlice, as atitudes dos jovens não demonstram qualquer possibilidade de um crime passional.

A tia da vítima disse que a polícia está trabalhando com duas hipóteses, a de que os jovens tenham se intoxicado e a de que tenham morrido devido um vazamento de gás. A pousada informou, por meio de nota, que no chalé em que o casal se hospedou não havia nenhuma forma de aquecimento a gás e que a lareira é a lenha.

Os corpos dos dois jovens foram enterrados às 17h desta sexta-feira (18). Gustavo Ribeiro foi enterrado no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, e Alessandra foi enterrada na cidade de Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Gostou? Então divulgue! TwitterFaceBookGoogle Buzz
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