TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória 
O Conselho Tutelar de Guarapari está abandonado e sem condições de funcionamento mesmo após denúncia exibida no telejornal Balanço Geral, da TV Vitória, há quatro meses. O presidente do órgão, Weiglas Quinto, reclama das
condições.
"Nós precisamos hoje para o Conselho Tutelar que seja disponibilizado psicólogo, assistente social e vigia para cuidar da sede porque o local fica totalmente sem segurança. O exemploe é uma das salas de atendimento que foi arrombada há mais de um ano e até hoje não foi consertada", afirma Quinto.
O Conselho Tutelar é o órgão responsável por fiscalizar se estão sendo cumpridos os direitos da criança e do adolescente previstos no estatuto. Mas no município de Guarapari as condições do imóvel denunciam o descaso e a casa parece estar
abandonada. Mesmo com o pedido de providências do conselheiro, pouca coisa foi feita a favor do órgão.
"Pouca coisa mudou e o que mudou é irrelevante. Nós recebemos três arquivos de aço e uma mesa de jantar sendo que não almoçamos nem jantamos no Conselho Tutelar", afirma Weiglas. Esse intervalo de tempo marca também o período em que os funcionários estão com os salários atrasados. Em vista de tanto descaso, o presidente do conselho fez uma denúncia ao Ministério Público, que em dezembro do ano passado deu parecer favorável ao órgão, mas até momento a administração municipal de Guarapari não cumpriu a determinação judicial.
"Eu fui até o procurador do município. Ele disse que está sendo resolvido o problema, mas enquanto isso a gente fica aguardando. O município não está cumprindo a decisão judicial", afirma o presidente. As vésperas do carnaval, Weiglas afirma que verbas e recursos do município foram destinados para as comemorações, enquanto o órgão continua em completo estado de abandono. "Enquanto isso o município destina recursos a outras instituições como o Carnaval em Guarapari", afirma Weiglas.
A Procuradoria Geral do município de Guarapari informou que analisa a situação do Conselho Tutelar para tomar as medidas necessárias em relação à infraestrutura administrativa. O órgão também enfatizou que a prefeitura trabalha dentro do possível e que nem sempre pode atender todas as demandas.
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