Folha Vitória
Foto: Divulgação
No final do ano passado a Câmara da Serra aprovou projeto que aumenta o número de vereadores do município de 16 para 23 parlamentares. Para receber os novos representantes do povo, o Legislativo iniciou reforma de ampliação da Casa e a obra está avaliada em quase R$ 4 milhões.
O dinheiro daria para comprar, por exemplo, quase 40 apartamentos populares com dois quartos em um condomínio no bairro Eurico Salles, no mesmo município. Entre as mudanças aprovadas pelos vereadores, está a troca de parte do granito da fachada por pastilhas cerâmicas.
A população da cidade está revoltada com o valor da obra. A denúncia de superfaturamento, no entanto, já foi parar no Ministério Público. A empresa responsável pela reforma, segundo a denúncia, é uma das doadoras de campanha da deputada federal Sueli Vidigal (PDT), reeleita mesmo sendo acusada de vários crimes eleitorais, como abuso de poder econômico e distribuição de cesta básica em troca de votos.
O técnico em informática Wellington Cabral, autor da denúncia, quer que o Ministério Público investigue o caso e anule o contrato que realizado com a empreiteira. Além disso, pede também que sejam ressarcidos aos cofres públicos dos valores já pagos e que os envolvidos sejam responsabilizados por improbidade administrativa.
Em nota, a Câmara da Serra informou que o valor da reforma e ampliação é compatível com as obras que vão ser realizadas. Com relação à doação de campanha para alguns candidatos, o Legislativo afirma que a empresa é vencedora de licitação aberta no início de 2009 e que a doação para a deputada Sueli Vidigal não tem relação com a licitação.
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