Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória
Um exemplo de retrocesso nas conquistas dos direitos humanos. Um aposentado foi detido e levado para o DPJ de Vitória acusado de agredir com termos racistas um trabalhador. A vítima é um homem que trabalha em um supermercado de Jardim da Penha, na capital.
"Ao me ver ele empunhou uma arma na cintura e me ameaçou me chamando de preto safado e reclamou porque ele não concorda com nosso horário de carga e descarga que é o horário comercial de 8h as 18h", relatou a vítima Carlos Alberto da Silva.
O problema entre o aposentado e o supermercado não é novo. Pelo menos três vezes já houve agressões do aposentado. Outro trabalhador relata que o acusado chegou a perseguir de carro o gerente do estabelecimento.
"Não é o primeiro boletim de ocorrência que é gerado, ele já perseguiu o gerente da loja pelas ruas do bairro jogando o seu carro em cima da calçada para tentar atingir o gerente e já jogou diversos objetos por várias vezes nos profissionais do estabelecimento. A situação ficou insustentável", disse o gerente de patrimônio do supermercado, Edson Assunção.
O policial que atendeu a ocorrência disse que o aposentado suspeito de agredir com termos racistas o trabalhador afirmou que sairia ileso, já que é ligado a um secretário estadual. "A todo momento ele dizia que era um cidadão de bem, que não era bandido e era casado com a irmã de uma pessoa influente no Estado", conta o soldado Félix
Essa não foi a primeira vez que o acusado agride funcionários do supermercado. Mesmo diante dos fatos e de testemunhas que presenciaram o momento em que o homem ofendeu com termos racistas o trabalhador, o delegado resolveu liberar o acusado por falta de provas.
"Para eu não cometer nenhuma injustiça eu perguntei a vítima se havia alguma testemunha na hora e ele disse que sim e que teria como trazer na delegacia, mas a testemunha em momento algum presenciou o senhor injuriar a vítima, razão pela qual eu não o autuei porque achei que estaria fazendo injustiça porque ficou a palavra de um contra a de outro e a testemunha era parcial porque prestava serviços para o supermercado" , explicou o delegado Wellington Lugão.
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