Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória
O vigilante de uma escola no Centro de Vitória foi baleado na perna durante a madrugada e a motivação do crime ainda é um mistério para a polícia. A cena do crime foi alterada e há várias versões para explicarem os tiros efetuados contra Geovani Lopes de Souza, de 44 anos, que pode ter sido vítima de roubo ou tentativa de execução. Para a polícia, o crime que ocorreu na unidade de ensino para jovens e adultos está mal contado.
Câmeras de videomonitoramento flagraram o momento em que Geovani foi socorrido pelo Samu na ladeira São Bento, no Centro da capital. Há informações de que dois homens armados quebraram o cadeado do portão, invadiram o local e teriam atirado contra o vigia pra cometer o roubo. Um morador ouviu os tiros e achou estranho. "De dez em dez minutos davam uns dois tiros. Passava um tempo e mais tiro. Saí na janela, não vi movimento de carro nem de moto. Estava muito próximo aqui do meu quarto e fiquei com medo", conta um morador sem se identificar.
Investigadores da Divisão de Homicídios estiveram no local e encontraram a cena do crime alterada, o que dificulta o trabalho de investigação. Foram encontradas nove cápsulas deflagradas de revólver calibre 38 que teriam sido disparadas pelo próprio vigia, além de quatro projéteis. A perícia papiloscópica foi solicitada para ter dados minuciosos do fato. Segundo as investigações, o vigilante seria o alvo dos criminosos. Em depoimento, ele disse que era ameaçado por bandidos do Morro da Santa Marta e, segundo a polícia, não foi levado nenhum objeto do colégio.
Funcionários que chegaram para trabalhar foram surpreendidos e aguardaram uma posição do lado de fora da escola. Para os estudantes as aulas foram suspensas nesta manhã. A Secretaria de Educação do Estado informa que não tem conhecimento da alteração da cena do crime e que as investigações estão por conta da polícia. A direção da escola afirma que as aulas serão retomadas ainda hoje. O chefe da Divisão de Homicídios, delegado Cláudio Victor, afirmou que aguarda o laudo da perícia para tomar conhecimento oficial. Ele salienta que a perícia não é o único meio de prova para solução do crime e que as pessoas que modificarem a cena do crime podem responder por fraude processual. O vigilante teve alta no final da manhã.
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