TV Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória 
Depois de sofrer várias ameaças, o companheiro de um policial civil assassinado em agosto deste ano foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (23), em Vila Velha. Na época da morte do companheiro, a vítima chegou a pedir apoio à Corregedoria da Polícia, mas a tragédia não foi evitada.
O engenheiro Railton Cirilo de Souza, de 33 anos, foi atingido por dois tiros no bairro Itapoã. Ele era namorado de Romulo Loureiro Marques, de 59 anos, morto em um ponto de venda de drogas no bairro Divino Espírito Santo, também em Vila Velha. Na época do crime, Railton disse que procurou a corregedoria para pedir proteção e alegava que o casal era ameaçado por um delegado desde março deste ano.
De acordo com a polícia, tudo aconteceu quando a vítima estava conversando com um grupo de amigos e um homem de camisa vermelha apareceu e atirou. Uma jovem também foi baleada no local e socorrida para o Hospital Antonio Bezerra de Faria, em Vila Velha. O engenheiro não resistiu e morreu. Ainda segundo os policiais, havia um homem de moto dando cobertura ao criminoso.
A mãe da vítima, que tem medo de se identificar, acredita que a morte do filho tenha ligação com as ameaças que estava sofrendo. "Era meu único filho e dei toda a força para ele. Me separei dele para que ele vivesse em paz com o Romulo. Ele morreu pelas ameaças de uma mulher que estava vendendo drogas na praia", desabafa a mãe.
Segundo as investigações, o celular da vítima pode ajudar a polícia a ter pistas do suspeito. De acordo com testemunhas, Railton teria recebido ligações antes de morrer. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa. Policiais informaram que o engenheiro era usuário de drogas, o que pode ter motivado o crime.
Ainda assim, o delegado responsável pelo caso não descarta a possibilidade de o engenheiro ter sido assassinado devido ao relacionamento com o policial civil morto em agosto. A mãe de Railton está desolada com a perda do filho e quer justiça. "Lutei para criá-lo e quero justiça. É um vazio e uma tristeza muito grandes. Agora quero ver qual resposta a justiça vai me dar", diz a mãe da vítima.
A jovem ferida, Fernanda de Jesus Fernandes, teve alta durante a manhã. A titular da Corregedoria da Polícia Civil, delegada Neusa Glória dos Santos, informou que a vítima não formalizou a denúncia de que estava sofrendo ameaças.
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