quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Encarregado de obra bate em filha de 12 anos e é preso em Vitória-Es

TV Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória






Um pai deu uma surra na própria filha para impedir que a menina se envolvesse com traficantes e foi preso após uma denúncia ao Conselho Tutelar. Populares que presenciaram o caso não concordaram com as agressões e acionaram o conselho e a polícia. Algemado, o encarregado de obra disse que presenciou a filha na porta da escola conversando com três jovens suspeitos e foi corrigir a menina.

"Dei uma surra nela pelo fato de ela estar se envolvendo com pessoas que têm envolvimento com drogas e homicídios. É uma injustiça porque o Conselho Tutelar avisa para nós cuidarmos dos filhos antes que o crime adote eles. Agora não sei quanto tempo vou ficar aqui", afirma o pai.

Foto: Reprodução TV Vitória
Após ser preso no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, o encarregado de obra chegou a ser liberado pelo delegado de plantão, mas a liberdade durou poucas horas. O Conselho Tutelar recorreu à Justiça, que expediu um mandado de prisão preventiva para o pai da menina.

"Segundo o delegado de plantão, ele entendeu que o fato não foi de grande gravidade e a mãe desistiu de representar contra o marido. As partes foram ouvidas e o pai, ao buscar a filha de 12 anos em uma escola, a encontrou conversando com três rapazes estranhos. Não gostando dessa situação ele a repreendeu no meio da rua. Todos foram liberados", conta o delegado José Luiz Pazzeto.

O delegado acrescentou que a população acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar. "Mesmo depois da liberação dos parentes, o Conselho Tutelar foi até a juíza e ela resolveu decretar a prisão preventiva do acusado. Decisão judicial não se discute. Ele vai ser encaminhado ao Centro de Triagem de Viana até ser revogada ou mantida a prisão dele".

A esposa do encarregado de obra chora pelas consequências do que o marido fez e lamenta a prisão. "É uma menina muito boa, porém há uns dias tem dado muito trabalho. Já prenderam traficantes na porta da escola e ela fica dando assunto para eles. A atitude do meu esposo foi excesso de zelo. Ele ama muito a filha e tem muito zelo, mas acabou se excedendo pelo nervosismo porque já estava avisando há meses", acrescentou.

Neste fim de ano, a família, que mora no bairro Andorinhas, em Vitória, planejava viajar para Minas Gerais. Porém, com o ocorrido, tiveram que mudar os planos. "Quero acabar com isso e não aguento mais. Eu sei que ele errou, mas é porque ele a ama. Agora ele está preso e não tenho dinheiro para pagar advogado. Sou uma pessoa humilde e não tenho condições de pagar. Vamos ter que pegar um empréstimo e ver com a família se juntamos esse dinheiro. O fim de ano para nós acabou".

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