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O homem acusado de estuprar oito dentistas e secretárias de consultórios odontológicos em Belo Horizonte, no início deste ano, foi condenado a 82 anos e oito meses de prisão. A decisão, que saiu na quinta-feira (9), é do juiz Milton Lívio Lemos, da 4ª Vara Criminal do Fórum Lafayette. Arquimedes de Abreu Filho, de 50 anos, deverá cumprir a pena em regime fechado, mas ele ainda pode recorrer da decisão.Foto: R7
Em maio, Arquimedes, que ficou conhecido como o “maníaco das dentistas”, foi preso em Justinópolis, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Na maioria dos ataques, o maníaco agendava atendimento odontológico nos consultórios. Durante a consulta, ele amarrava as mulheres e as obrigava a as estuprava. Depois, Arquimedes ainda roubava as vítimas.
Em fevereiro, no bairro Céu Azul, o homem roubou e constrangeu uma dentista. Ela foi ameaçada e agredida com socos e tapas. Em março, no bairro Barroca, ele fez o mesmo com mais três mulheres e ainda agrediu uma delas.
No início de abril, no bairro Nova Suíça, o homem foi acusado de roubar e estuprar outra dentista, além de sua recepcionista. Quatro dias depois, no bairro Gutierrez, o maníaco praticou os mesmos atos contra uma terapeuta ocupacional. Consta ainda no inquérito policial que, em junho de 2006, no bairro Mantiqueira, ele roubou e estuprou uma mulher quando ela chegava em casa.
Arquimedes tem uma ficha criminal com 16 páginas, que inclui crimes como furto, lesão corporal, estelionato, violação de domicílio e estupro. Ele era foragido de Lavras, no sul de Minas Gerais, e estava com a prisão preventiva decretada desde março deste ano.
O condenado está preso preventivamente na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, enquanto aguardava recurso. Durante a audiência de instrução, em setembro, dez testemunhas, sete vítimas e o acusado foram ouvidos. A oitava vítima foi ouvida por carta precatória.
Na audiência, ele entrou em contradição com o depoimento dado durante o período das investigações. Diante do juiz, Arquimedes afirmou que estuprou uma das vítimas e roubou as demais, enquanto para a polícia ele havia confessado a autoria de todos os crimes. Apesar da alta condenação, pela lei brasileira, o tempo máximo de detenção é de 30 anos
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