Criança teria sido agredida na mesma creche onde menino teve língua cortada(Es)

Folha Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória

Um menino de apenas dois anos teve a língua cortada no bairro Normília, localizado na região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha. A acusada da agressão é uma professora da creche que a criança frequentava.

"A professora disse que ele caiu da cadeira quando estava brincando, olhei o rostinho dele e estava tudo bem. Em casa ele mostrou para a mãe dele e falou 'mamãe, minha língua está furada, a tia furou com faca'. Eu assustei com aquilo.", conta o pastor Garcia Barcelas, pai da criança. O pai diz que o filho foi submetido a exames, no Departamento Médico Legal, em Vitória, e relata que esta não foi a única vez que o filho foi agredido na creche.

"Ele vem reclamando há muito tempo. A menina que estuda lá também, ela é maiorzinha, tem 6 anos, falou que lá no colégio eles dão comida quente. Agora quando ele chega perto do colégio ele vira para o outro lado e fala: 'não quero ir para a escola não'", diz o pai. Uma outra criança, de 1 ano e 8 meses, frequentou a mesma creche por três dias. A mãe conta que o tempo foi suficiente para que o filho também fosse agredido.

"Eu acho uma barbaridade. A professora foi dar banho nele, eu cheguei um pouco mais cedo e ela estava batendo nele. Eu vi, peguei no flagra. Ele estava de ponta à cabeça, na água fria, gelada. Eu cheguei e ela estava dando tapas nele e o menino morrendo de chorar. A criança quer ver o diabo, mas não quer ver a professora na frente dele", declara a dona de casa Patrícia de Oliveira.

Foto: Reprodução TV Vitória

Os pais dos dois meninos foram ouvidos por um escrivão na DPCA, em Vitória. Os responsáveis pelas supostas agressões serão intimados para depor. O pai da criança que teve a língua cortada está com medo de o filho ficar traumatizado. "Agora estou com medo dele ficar com trauma. Por isso a gente pede que sejam tomadas as providências, não estou acusando, mas quero que apurem os fatos. Os órgãos competentes vão apurar os casos e nós vamos aprender que de tanto a gente ficar calado é que as coisas vêm acontecendo", afirma Garcia.

A Secretaria de Educação de Vila Velha informou que vai apurar a denúncia junto à direção da creche. Apesar da informação extra-oficial de que a língua da criança foi cortada por um objeto cortante, a

Prefeitura sustenta que uma apuração inicial revelou que a criança teria se machucado em uma brincadeira. A diretora prestou assistência ao aluno e ao entregar a criança ao pai teria relatado o ocorrido.

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