Folha Vitória
O Ministério Público Eleitoral no Espírito Santo (MPE/ES) ajuizou nesta quarta-feira (15), ação de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico e político e captação ilícita de recursos contra a deputada federal reeleita Sueli Rangel Silva Vidigal (PDT). Na ação, o MP Eleitoral pede, em caráter liminar, que a deputada não seja diplomada para a próxima legislatura, já que sua eleição foi “resultado de fraude e engodo”. Diante desse fato, o MP Eleitoral argumenta que há “fundado receio de ela começar a exercer o seu mandato parlamentar sem a necessária legalidade e legitimidade”.Foto: Divulgação
A ação foi ajuizada no mesmo dia que aPolicia Federal deflagrou a Operação Em Nome do Filho
Na ação, o MP Eleitoral pede que Sueli Vidigal seja condenada à cassação do registro ou do diploma, à inelegibilidade por um período de oito anos e ao pagamento de multa. Também são alvo da ação o prefeito da Serra, Antonio Sergio Alves Vidigal, marido de Sueli; a secretária de Promoção Social da Serra, Nazaret Pimentel; e Amilton Gonçalves, representante da empresa Mosca, que presta serviços de limpeza urbana para a prefeitura.
Segundo a ação, Sérgio Vidigal utilizou a máquina pública para beneficiar a mulher por meio dos programas de ação social da prefeitura, em especial o “Serra Cidadã”. Ele vinculou a imagem da candidata a esses projetos, que incluíam a distribuição de brinquedos, cestas básicas e diversos outros benefícios para a população do município. De acordo com o procurador regional eleitoral, Paulo Roberto Bérenger, autor da ação, esses eventos aconteciam sempre em bairros carentes, “explorando a necessidade da população menos favorecida”.
Valendo-se desses programas, Nazaret Pimentel, por meio da Secretaria de Promoção Social da Serra, cedeu para a campanha servidores da administração municipal e impôs ostensiva pressão principalmente sobre os comissionados, que eram ameaçados de demissão caso não apoiassem a campanha de Sueli.
Mas o fato mais grave, na avaliação do MP Eleitoral, foi a colaboração, na campanha de Sueli Vidigal, da empresa Mosca, que presta serviços de limpeza urbana para a prefeitura e é representada por Amilton Gonçalves. A então candidata à reeleição arrecadou de forma ilícita recursos para sua campanha, “aproveitando-se do fato de seu marido ser prefeito, tendo fácil acesso a bens do erário”.
A legislação eleitoral proíbe doações de campanha por parte de empresas
concessionárias ou permissionárias do Poder Público, mas a Mosca abastecia carros utilizados na campanha de Sueli Vidigal, custeava trios elétricos e contratava para seus quadros, supostamente para serviços de varrição, servidores que na verdade trabalhavam na campanha da pedetista.
Caso sejam condenados por abuso de poder político e econômico, Sueli Vidigal, Sérgio Vidigal, Nazaret Pimentel e Amilton Gonçalves podem ficar inelegíveis por até oito anos. Eles podem ainda ser condenados ao pagamento de multa, e Sueli pode ter o registro ou o diploma cassado.
Vídeos mostram supostas denúncias contra Sueli Vidigal
Vídeos denunciando supostamente o uso da máquina administrativa da Prefeitura da Serra a favor da reeleição da deputada Sueli Vidigal foram anexados a ação do Ministério Público pedindo à inelegibilidade por oito anos da parlamentar.
A ação foi protocolada nesta quarta-feira (15). Um dos vídeos mostra a suposta distribuição de cestas básicas em troca de votos.
No segundo vídeo é possível ver a movimentação de caminhões na sede da Mosca Engenharia e Serviços.
A empresa tem um contrato com a Prefeitura da Serra para fazer a poda de árvores e a capinagem dos jardins da cidade.
Vídeos denunciando supostamente o uso da máquina administrativa da Prefeitura da Serra a favor da reeleição da deputada Sueli Vidigal foram anexados a ação do Ministério Público pedindo à inelegibilidade por oito anos da parlamentar.
A ação foi protocolada nesta quarta-feira (15). Um dos vídeos mostra a suposta distribuição de cestas básicas em troca de votos.
No segundo vídeo é possível ver a movimentação de caminhões na sede da Mosca Engenharia e Serviços.
A empresa tem um contrato com a Prefeitura da Serra para fazer a poda de árvores e a capinagem dos jardins da cidade.
A Mosca é um dos alvos da operação 'Em nome do filho', que levou para a carceragem da Polícia Federal cinco pessoas nesta quarta.
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