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O promotor Rodrigo Merli Antunes pediu novamente a prisão preventiva de Mizael Bispo e Evandro Bezerra da Silva, acusados de matar a advogada Mércia Nakashima em maio deste ano. Na última sexta-feira (26), ele apresentou as alegações finais do processo. Agora a defesa dos réus tem três dias para fazer suas argumentações.Foto: Reprodução 
No novo pedido de prisão, o promotor disse que usou 17 argumentos para convencer os juiz que os acusados devem ficar presos. Merli explicou que, na primeira solicitação, os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo revogaram a prisão dizendo que ela foi baseada em argumentos muito genéricos e abstratos.
- Agora estamos trabalhando com fatos concretos, como o constrangimento de testemunhas, a tentativa de forjar e eliminar provas. Além disso, reforço que existe risco para aplicação da lei, uma vez que os dois já fugiram anteriormente.
A solicitação da promotoria só deve ser analisada pelo juiz Leandro Bittencourt Cano depois que os advogados de defesa fizerem suas argumentações sobre o caso. A audiência para ouvir as testemunhas do caso ocorreu entre os dias 18 e 21 de outubro em Guarulhos. Além das 21 pessoas listadas pela promotoria e pelos advogados dos acusados, o juiz interrogou os dois réus.
A previsão do promotor é que na próxima semana, o juiz decida se manda ou não os réus a júri popular e se decretar a prisão preventiva dos dois.
Em contato com o R7 nesta terça-feira (30), Samir Haddad Júnior, advogado de Mizael Bispo, afirmou que o pedido da defensoria pública se deu em meio a um trâmite jurídico. Ele acredita que o juiz não deve pedir a prisão de seu cliente.
- O pedido de prisão foi no final das alegações finais, que o juiz pede tanto para a defesa quanto para a acusação. Eu estou agora, em casa, justamente redigindo a da defesa, e devo entregar ela nesta quinta-feira. No pedido não houve nenhum fato novo em relação àquele que foi negado antes.
O crime
Mércia desapareceu no dia 23 de maio deste ano depois de visitar a avó em Guarulhos. Seu corpo foi encontrado no dia 11 de junho na represa de Nazaré Paulista. Um dia antes, o carro da advogada foi encontrado no mesmo local.
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