domingo, 20 de novembro de 2016

Funcionario Publicos Protestam Na Assembleia Legislativa No Rio De Janeiro


Manifestantes contra pacote do governo do RJ invadem Alerj 
 Algumas pessoas arrancaram os tapumes diante do Palácio Tiradentes. Mesa da Presidência foi ocupada. 
 Manifestantes que estavam protestando contra o pacote de austeridade do governo estadual na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) invadiram a casa na tarde desta terça-feira (8). 
O grupo arrancou os tapumes que estão diante do Palácio Tiradentes, e, após confusão e correria, teve acesso ao plenário da assembléia e subiu na mesa da presidência. 

Mais cedo, outro grupo de manifestantes tentou entrar no local pelos fundos, mas foi rechaçado pelo Batalhão de Choque da PM. Vários funcionários da assembleia foram dispensados. Não havia deputados no plenário no momento da invasão. Salas da assembleia, como a da vice-presidência, foram destruídas pelos manifestantes. 

O grupo entoava gritos de guerra como "Uh, é Bolsonaro" e "Ô Picciani, pode esperar, a tua hora vai chegar", em referência ao presidente da casa, Jorge Picciani (PMDB), que declarou apoio ao pacote do governo do estado contra a crise, anunciado na última sexta-feira. Posteriormente, o deputado Wagner Montes (PRB) começou a debater com os manifestantes e discursar. O deputado Paulo Melo (PMDB) disse que foi intimidado por ativistas durante manifestação.
Ele nega que tenha sido agredido, mas diz que os ânimos estão acirrados. Parte do grupo é formada por policiais, que, segundo ele, estariam armados. 
"O cara começou a me ofender, com a cara cheia de álcool, vai para manifestação bebendo. [Eu] Estava dando uma entrevista, ele começou a gritar. Pressionar os deputados é legítimo para quem garantir seus direitos, intimidar que não é legítimo. Meu voto não vai mudar por causa de intimidação. Sou homem de ser convencido, não de ser amedrontado. O clima ficou muito quente, como são policiais havia muitas pessoas armadas. Alguns de forma educada, outros de forma muito agressiva".
Em nota, Jorge Picciani condenou a invasão e disse que ela foi "um crime e uma afronta ao estado democrático de direito"

"A invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. 
Esse é um caso de polícia e de justiça e não vai impedir o funcionamento do Parlamento. No dia 16 iniciaremos as discussões das mensagens enviadas à Alerj pelo Poder Executivo. 
Os prejuízos causados ao patrimônio público serão registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados"
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