terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ataque dos EUA a hospital provoca mortes

Ataque dos EUA a hospital provoca mortes
Bombardeio atingiu unidade do grupo de ajuda Médicos sem
Fronteiras, na cidade de Kunduz, matando pelo menos 19 pessoas

CABUL, AFEGANISTÃO
O exército dos Estados Unidos reconheceu, ontem, que pode ter bombardeado um hospital administrado pelo grupo de ajuda Médicos sem Fronteiras (MSF) na cidade afegã de Kunduz, em um ataque aéreo que matou pelo menos 19 pessoas.
Ao menos 37 pessoas ficaram feridas e muitos pacientes e funcionários ainda estão desaparecidos.
Pelo menos 12 funcionários do MSF, quatro pacientes adultos e três crianças morreram, comunicou o grupo, aumentando o número estimado anteriormente.
A organização humanitária internacional condenou fortemente o bombardeio aéreo de seu hospital em Kunduz. 
“Esse ataque constitui uma violação grave do direito internacional humanitário”, disse o MSF em um comunicado.
A entidade exige uma explicação da coalizão internacional em relação às suas atividades de bombardeio aéreo e pede uma investigação independente sobre o ataque.
“Não podemos aceitar que essa terrível perda de vidas seja simplesmente descartada como ‘danos colaterais’ ”, afirmou Meinie Nicolai, presidente do MSF na Bélgica.
O incidente pode renovar as preocupações sobre o uso do poder aéreo dos EUA no Afeganistão, uma questão
controversa na guerra mais longa da América.
O ex-presidente do país do Oriente Médio Hamid Karzai se
desentendeu com seus apoiadores em Washington sobre o número de civis mortos por bombas.
Os combates têm se intensificado em torno da capital da província do norte de Kunduz desde que as forças do governo, apoiadas pelas potências aéreas americanas, começaram a investir para expulsar militantes talibãs que tomaram a cidade há seis dias, na maior vitória de sua insurgência em quase 14 anos.
Apesar de o governo alegar que tomou o controle da área, o conflito acirrado com o Talibã continua.
Forças de segurança afegãs abriram caminho em Kunduz, há três dias, mas ainda há batalhas em muitos lugares, já que membros do Talibã buscam refúgio nas casas de civis.
Muitos pacientes e funcionários continuam desaparecidos, após o ataque que aconteceu no momento em que havia quase 200 pessoas no hospital.

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