
José Carlos Ribeiro foi golpeado no tórax e no abdômen
após discutir com um amigo em Cariacica. Acusado fugiu após o crime
O motorista de ônibus José Carlos Ribeiro, de 43 anos, foi assassinado a facadas, em Santo Antônio, Cariacica.
A vítima, que trabalhava no sistema Transcol, foi morta após discutir com um amigo.
O motivo da briga, segundo investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), teria sido a divisão de uma quantidade de drogas que teriam comprado para usar.
O crime aconteceu na noite de segunda-feira, na rua Um. Entretanto, a polícia só foi acionada para atender a ocorrência na manhã de ontem.
Ao chegarem ao local, encontraram José Carlos caído no quintal de uma casa da região.
O morador da casa,João Fábio Furlan, 37, afirmou que a discussão entreo motorista eo amigo aconteceu por volta das 20 horas.
“Eu estava deitado no sofá quando os dois chegaram.
Depois, eles saíram e foram comprar drogas e voltaram.
Deram boa noite e foram usar drogas no quintal”, afirmou. Segundo o morador, os dois amigos começaram a discutir.
“Eu fiquei dentro de casa o tempo todo.
Só ouvia briga.
Eles estavam brigando por que o suspeito não queria dividir a droga com o José Carlos.
Os dois se xingaram”.
Segundo investigadores da DHPP, durantea discussão,o suspeito saiu do quintal da casa e voltou, minutos depois, com duas facas.
E os dois,então,brigaram novamente.
“Eles brigaram de novo, rolaram no chão,e o suspeito deu as facadas nele”, disse o morador.
José Carlos foi atingido com um golpe no tórax e no abdômen.
O amigo dele, que mora no mesmo bairro, conseguiu fugir e não foi localizado pela polícia.
A vítima morava em Campo Verde, Cariacica.
Ele era motorista de ônibus há seis anos, segundo familiares e trabalhava na empresa Metropolitana Transportes e Serviços, desde fevereiro deste ano.
O motorista fazia a linha 591 (Serra – Terminal de Campo Grande).
A mulher do motorista, a dona de casa Valéria Vieira Queiroz, 36, recebeu a notícia da morte pela manhã por meio de uma vizinha.
Ela disse que o marido havia largado o vício em drogas.
Passeio com o filho
Horas antes de ser assassinado a facadas, o motoristade ônibus José Carlos Ribeiro, de 43 anos, aproveitou o feriado de Dia da Independência do Brasil com a família.
A dona de casa Valéria Vieira Queiroz, 36, afirmou que o marido levou o filho mais velho, de 15 anos, para ouvir o Hino Nacional durante o desfile cívico em Campo Grande, Cariacica. “Ele levou o meu filho para ouvir o Hino Nacional, pois ele foi cabo da Polícia Militar e gostava.
E meu filho estava muito feliz”, disse a dona de casa.
Em seguida, ele foi para a casa da sogra, Rosélia Queiroz, 55, para encontrar a mulher e o outro filho.
“Fizemos um almoço especial.
Quando ele chegou, às 14 horas, estava normal,pegouo meu neto para brincar no quintal e só saiu de casa às 17 horas,para ir à casa de um tio dele”, contou a sogra.
Segundo uma amiga da família, que não se identificou, o motorista, que era obreiro da igreja Colheita Missionária, tinha reunião de oração à noite, mas não compareceu.
“Como ele estava demorando,ligamos, mas o celular só dava na caixa postal,a mulher dele virou a noite preocupada e só consegui notícias no dia seguinte”,contou a amiga, que frequenta a mesma igreja.
VALÉRIA VIEIRA
MULHER DA VÍTIMA
“A gente passou a tarde na casa da minha mãe.
Ele estava feliz” Muito abalada e contida nas palavras, a dona de casa Valéria Vieira Queiroz, 36, afirmou não saber o motivo pelo qual mataram o seu marido, o motorista de ônibus José Carlos Ribeiro, 43.
A TRIBUNA –Há quanto tempo eram casados?
VALÉRIA VIEIRA QUEIROZ – Estamos junto há 20 anos, temos dois filhos, um de 15 anos e um menino de 3 anos.
Ele era uma pessoa muito amável.... (choro).
>A senhora chegou a vê-lo antes do crime?
Ele parecia preocupado? Não, estava normal.
Estava todo feliz e aproveitando o dia de folga.
Levou o meu filho mais velho para poder ouvir o Hino Nacional , porque ele era cabo da Polícia Militar, tiraram fotos, meu filho ficou todo feliz.
Depois,a gente passou a tarde inteira na casa da minha mãe e não sei mais o que aconteceu.
>A senhora acredita que ele caiu em uma emboscada?
Não sei,não sei(choro).
Ele não tinha inimigos, não estava preocupado com nada.
Só às 7 horas (de ontem) que foram até a minha casa para poder me contar o que aconteceu.
> A senhora sabe quem possa ter feito isso com ele? Não.Não estou nem em condições de conversar nesse momento.
Estou muito triste por tudo isso que aconteceu e espero as investigações da polícia.
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