
Carregamento de smartphones foi levado por quadrilha em um caminhão, durante a madrugada de quinta-feira (22)
Os bandidos que roubaram uma carga milionária de smartphones no aeroporto de Vitória sabiam exatamente como funcionava o galpão e o que levar, de acordo com o delegado delegado Josemar Sperandio, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), à frente das investigações.
O crime aconteceu na madrugada de quinta-feira (22). Em entrevista ao Bom dia ES, o delegado informou que havia, inclusive, cargas de maior valor no galpão da TAM, mas os ladrões optaram por levar exatamente os celulares. O material roubado está avaliado em quase R$ 1,3 milhão.
O delegado também informou que teve acesso às imagens do aeroporto cedidas pela Infraero. Nesta sexta-feira (23) ele deve receber imagens da companhia área TAM. Até o momento ninguém foi preso, e a carga também não foi localizada.
O roubo
O grupo entrou com um caminhão-baú na área do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, no bairro Goiabeiras, rendeu sete funcionários e levou uma carga de celulares e canetas, avaliada em quase R$ 1,3 milhão, sem sequer ser notado.
Sem tiros ou mesmo agressividade, os bandidos fugiram no caminhão com os produtos e mais sete reféns. A polícia só foi comunicada seis horas depois do roubo, quando os reféns foram libertados.
Pacotes
Cerca de 44 pacotes, alguns com canetas e outros com aparelhos celulares novos, foram deixados pelo caminhão de uma transportadora no terminal de cargas nacional do aeroporto por volta das 23h30, segundo informações da Polícia Civil.
O material vinha de um porto seco, às margens da Rodovia do Contorno, em Cariacica, e deveria seguir pela companhia aérea TAM para São Paulo, onde seria distribuído.
A carga estava no galpão sendo cadastrada para embarque, por volta de meia-noite, quando um caminhão-baú entrou na área de cargas.
Invasão
“Cinco assaltantes estavam no veículo, todos armados com pistolas e revólver. Ao todo, sete funcionários foram rendidos, sendo dois deles da transportadora responsável pelo material e cinco da companhia aérea”, descreveu o delegado Josemar Sperandio, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), à frente das investigações.
Sob a mira das armas, os reféns foram obrigados pelos criminosos a colocarem as caixas dentro do caminhão-baú. Quatro funcionários ficaram dentro do baú e três transportavam a carga de celulares e canetas, avaliada em R$ 1,296 milhão, de acordo com dados da DCCP, onde o caso está sendo investigado.
A ação durou cerca de 10 minutos. O grupo deixou o aeroporto sem ser parado ou mesmo notado, levando, além da carga, os sete funcionários dominados.
Escolta
As vítimas foram deixadas em um terreno baldio, ao lado do Condomínio Residencial Alphaville Jacuhy, às margens da Rodovia do Contorno, na Serra, onde permaneceram por seis horas.
Três bandidos vigiaram as vítimas até as 6h30 de ontem, quando os outros dois integrantes da quadrilha voltaram ao local e deram fuga para os comparsas. Só assim os reféns foram libertados, entraram em contato com a TAM, e a polícia acionada.
Criminoso usou máscara de Lula
Os cinco criminosos que invadiram o terminal de cargas estavam com os rostos cobertos. Um deles usava uma máscara do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo testemunhas. Os demais usavam capuzes. Parte do bando ficou dentro do baú com as vítimas, garantindo a vigilância sob os funcionários.
“Sabiam o que estavam fazendo”
Os funcionários foram levados reféns para evitar que o roubo fosse comunicado até que os bandidos pudessem esconder a carga, segundo a Polícia Civil. Eles foram mantidos sentados ou deitados no chão, e vigiados pelos assaltantes. “Os ladrões sabiam o que estavam fazendo”, disse uma testemunha.
Sobre a possibilidade da participação de funcionários, o delegado Josemar Sperandio disse que tudo será apurado. Os funcionários vítimas da quadrilha compareceram na delegacia, nesta quinta-feira (22). Eles foram impedidos pelas empresas de falar com a imprensa.
Transportadora está colaborando com as investigações
Por meio de nota, a Fedex, transportadora responsável pela carga, confirmou o roubo e diz que está colaborando com as investigações da polícia. No entanto, a empresa não informou quais são os modelos de smartphones roubados nem a quantidade exata.
Fonte:gazetaonline
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