Candidato a presidente da ucrania se veste com roupa de vilão das guerras nas estrelas

Resultado pode agravar situação ou colocar Ucrânia de volta nos trilhos. Votação é considerada a mais importante desde a independência da URSS. 
 A Ucrânia encerrou nesta sexta-feira (23) a campanha da eleição presidencial, com o país dividido entre nacionalistas e separatistas russos. O resultado pode agravar a crise ou repor o país nos trilhos. A votação de domingo é considerada a mais importante desde que o país se tornou independente da União Soviética. Na disputa, candidatos de todas as linhas políticas. 

 Em um país que já teve tantas decepções com políticos, um deles promete não enganar ninguém: Darth Vader. Ele é, na verdade, um eletricista chamado Victor Shevchenko. A candidatura à presidência da Ucrânia foi rejeitada, mas Victor conseguiu concorrer à prefeitura da capital Kiev e da cidade de Odessa usando o nome e a roupa do vilão de “Guerra nas Estrelas”. “Nos últimos anos, a Ucrânia se transformou em um circo”, critica ele. 

Desde que se separou da extinta União Soviética, em 1990, o país teve uma história política conturbada. Acusações de corrupção generalizada e duas revoluções. Uma ex-primeira-ministra, Yulia Timoshenko, foi para a cadeia, e o último presidente eleito, Viktor Yanukovich, foi deposto. 

As eleições deste domingo representam mais um recomeço para a democracia ucraniana. Ao todo, 18 candidatos concorreram à presidência, entre eles um comunista e extremistas de direita. Apesar dessa diversidade na cédula eleitoral, as pesquisas mostram que os eleitores ucranianos estão cansados do radicalismo e da corrupção. 

O preferido, segundo as pesquisas, é Petro Poroshenko. Ele ganhou dinheiro vendendo doces e tem o apelido de ‘O Rei do Chocolate’. Ele e concorre prometendo apaziguar o leste do país e retomar a Crimeia, anexada pela Rússia. Em um distante segundo lugar, está a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko. A eleição ocorre sob ameaças de violência: na quinta, um grupo de militares morreu em uma emboscada no leste do país. Separatista pró-Rússia assumiram o ataque e mostraram que estão fortemente armados. 

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