quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Estudantes fecham pista da Avenida Fernando Ferrari

Manifestação de estudantes na praça de pedágio da Terceira Ponte

Manifestantes fazem terceiro dia de protestos contra

aumento das passagens


Cerca de 100 estudantes que estavam reunidos na Ponte da Passagem, em Vitória, começaram uma passeata pacífica, como forma de novo protesto contra o aumento das passagens, na tarde desta quinta-feira (12). O destino é a Praça do Pedágio da Terceira Ponte. No local, os manifestantes pretendem liberar as cancelas de cobrança da taxa para os veículos.

"Já tínhamos decidido que vamos para a Terceira Ponte desde ontem [quarta]. Chegando lá vamos liberar as cancelas para os veículos", falou o representante do movimento, Rafael Caetano.

Na quarta-feira (11), outras duas manifestações foram realizadas. Pela manhã, os estudantes fecharam as Avenidas Jerônimo Monteiro e Getúlio Vargas, no Centro da capital capixaba, em frente ao Palácio do Governo do Estado. Um coletivo do sistema Transcol foi incendiado.

Os manifestantes entraram em confronto com policiais militares da cavalaria e do Batalhão de Missões Especiais (BME), que usaram bombas de efeito moral. Dois estudantes foram detidos, entre eles o filho do promotor Saint'Clair Nascimento Júnior.

Após a dispersão, a pista foi liberada para os veículos nos dois sentidos. Os estudantes resolveram se dirigir à Ufes para definir novos rumos para o movimento e exatamente às 14h45 eles fecharam uma das pistas da Avenida Fernando Ferrari no sentido Serra para Vitória. Por alguns minutos, a Polícia Militar tentou a negociação, mas foi em vão. De acordo com o manifestante Gustavo de Biase, os estudantes reivindicam alguns pontos que foram acordados para a suspensão do movimento no ano passado e que não foram cumpridos.

"O Governo fez alguns compromissos com os estudantes e não cumpriu. Prometeram a instalação do aquaviário, que seria já neste ano e vimos na mídia que será só no ano que vem. Além disso, não fomos incluídos na comissão tarifária e nem consultados sobre o aumento tarifário deste ano", disse de Biase.

O trânsito da Avenida Fernando Ferrari foi desviado e os motoristas passaram por vias alternativas nos bairros Jardim da Penha e Avenida Adalberto Simão Nader, em Goiabeiras. Com isso, o protesto perdeu o sentido, já que não havia mais fluxo de carros na via.

Os manifestantes retiraram os pedaços de madeira que estavam na pista e se dirigiram para o interior da universidade, onde discutiram os rumos do protesto. Após uma assembleia que durou aproximadamente uma hora, eles decidiram encerrar as manifestações do dia.

De acordo com a Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop), todos os compromissos acordados com os estudantes em 2011 foram ou serão cumpridos ao longo desse ano. Em relação à situação do aquaviário, estudos foram viabilizados e outros estão em andamento para a reativação do terminal.

Polícia Militar

Para o tenente coronel Ronalt Willian, comandante da PM, não houve excessos por parte da corporação. “A ação da Polícia Militar foi planejada. Essa manifestação não tinha cunho reivindicatório ela tinha objetivo de trazer tumulto à sociedade capixaba, bem como o confronto com a Polícia Militar. As redes sociais confirmam isso, bem como a declaração de alguns líderes do movimento”, disse.

A polícia busca identificar ainda os envolvidos na queima do ônibus do sistema Transcol. “Para resguardar sua própria atuação, a PM faz imagens. E as imagens que a Polícia Militar tem são muito claras. A pessoa que ateou fogo no ônibus está sendo identificada e, inclusive, a gente pede que as pessoas que filmaram encaminhem os vídeos para a PM para que a gente possa realmente identificar todos os autores do que a gente classifica como vandalismo”, solicitou o comandante.

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