Governo diz que, quando ele nasceu, estrela e arco-íris duplo surgiram.

Kim Jong-Il, que faleceu no sábado (17), comandou a Coreia do Norte com mão de ferro a partir de 1994 e era rodeado de excentricidades e informações duvidosas que eram divulgadas ou escondidas pelas fontes estatais de notícias.
Não se tem certeza sobre sua idade, se ele morreu aos 69 ou 70 anos - os registros soviéticos e da Coreia do Norte divergem. Seu governo se caracterizou pelo uso da propaganda, um culto exacerbado de sua personalidade, pela capacidade de manter o controle do Exército e dos campos de trabalho para permanecer no poder, tal como já havia feito seu pai.
Apesar de ridicularizado pelo Ocidente de forma constante por suas roupas, penteado e excentricidades, os analistas atribuíam a Kim Jong-Il uma grande capacidade como estrategista, mas destacavam que há alguns anos suas decisões eram cada vez mais erráticas.
O modo de vida do dirigente norte-coreano foi objeto de piadas a tal ponto que sua figura virou protagonista do filme americano "Team America", dirigido pelos criadores do desenho South Park. Além de ser fã de bebidas refinadas, o Kim da animação coleciona jovens mulheres e filmes de Hollywood.

Kim Jong-un, à direita, com o pai, Kim Jong-il, em imagem de outubro de 2010
Mas esta imagem era enganosa. "Em seu país é como um Deus para a população", explica Yu Suk-ryul, analista que mora em Seul. "A Coreia do Norte obtém o que ele quiser", completa.
Chamado de "pigmeu" pelo ex-presidente americano George W. Bush por sua baixa estatura (que tentava compensar com sapatos com salto plataforma), o ditador era o filho mais velho de Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte comunista e líder adorado pelo povo.
Mitos
Quando Kim Jong-Il nasceu em 16 de fevereiro de 1942 apareceram uma estrela e um arco-íris duplo no céu, segundo a propaganda oficial. A montanha em que nasceu, o monte Paekdu, é considerado um local sagrado desde então.
Mas especialistas acreditam que ele teria nascido na Rússia, em um campo de treinamento da guerrilha onde seu pai liderou a guerra de resistência contra o invasor japonês até 1945.
Depois de obter o diploma universitário em 1964, o jovem de 22 anos começou a escalar posições dentro do Partido dos Trabalhadores.

Soldados sul-coreanos observam na TV a notícia da morte do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il
Chamado de "pigmeu" pelo ex-presidente americano George W. Bush por sua baixa estatura (que tentava compensar com sapatos com salto plataforma), o ditador era o filho mais velho de Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte comunista e líder adorado pelo povo.
Mitos
Quando Kim Jong-Il nasceu em 16 de fevereiro de 1942 apareceram uma estrela e um arco-íris duplo no céu, segundo a propaganda oficial. A montanha em que nasceu, o monte Paekdu, é considerado um local sagrado desde então.
Mas especialistas acreditam que ele teria nascido na Rússia, em um campo de treinamento da guerrilha onde seu pai liderou a guerra de resistência contra o invasor japonês até 1945.
Depois de obter o diploma universitário em 1964, o jovem de 22 anos começou a escalar posições dentro do Partido dos Trabalhadores.

Soldados sul-coreanos observam na TV a notícia da morte do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il
Ele teria sido responsável pela organização de atentados, como o que matou 17 sul-coreanos em 1983 na então Birmânia ou a explosão em 1987 de um avião da Korean Airlines, companhia sul-coreana, que matou as 115 pessoas a bordo.
Três anos depois da morte do pai, em 1994, Kim Jong-Il assumiu o comando do Partido dos Trabalhadores.
'Adorado'
O dirigente calou aqueles que previam o fim do regime norte-coreano após a desintegração da União Soviética no início dos anos 1990. A interrupção da ajuda soviética provocou durante a década uma crise de fome que matou um milhão de pessoas
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Três anos depois da morte do pai, em 1994, Kim Jong-Il assumiu o comando do Partido dos Trabalhadores.
'Adorado'
O dirigente calou aqueles que previam o fim do regime norte-coreano após a desintegração da União Soviética no início dos anos 1990. A interrupção da ajuda soviética provocou durante a década uma crise de fome que matou um milhão de pessoas

Mesmo assim, para os norte-coreanos ele continuou sendo o "Querido Líder", seu sobrenome oficial, e manteve um polêmico programa de fabricação de armas nucleares, que rendeu dois testes, em outubro de 2006 e em maio de 2009.
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