
Após acidente na Bacia de Campos, especialista alerta que ES não está preparado para lidar com desastres ambientais
Depois que o Ibama alertou que o óleo que está vazando na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pode chegar ao Espírito Santo, especialistas se apressaram em dizer que o Estado não está preparado para lidar com desastres ambientais.
O acidente na perfuração de um poço de petróleo da empresa americana Chevron aconteceu há 16 dias e o óleo ainda está vazando, apesar de em menor quantidade. A mancha está distante do litoral, mas as correntes podem fazer óleo percorrer 120 quilômetros em duas semanas, atingindo praias cariocas, paulistas e capixabas.
Segundo especialistas, o Brasil como um todo não está preparado para acidentes nessas proporções porque não há um Plano de Contingência. “Não só o Espírito Santo como o Brasil não está preparado para um desastre como esse porque não temos órgãos especializados na atenuação de problemas ambientais proporcionados pela indústria do petróleo, que está aumentando a produção e não está se preparando para a prevenção necessária”, esclareceu o especialista em Gestão Ambiental Marco Bravo.
A mancha de óleo diminuiu de tamanho, de 12 para 6 km na última segunda-feira (21), mas os especialistas alertam que isso não significa nada. A maior parte do óleo não está na superfície. Esse material deve passar por um processo químico e se transformar em bolas de piche. São essas bolas que devem chegar às praias e causar muitos estragos.
“Chegando aqui isso vai se incrustar nos corais, que são indicadores de qualidade ambiental, nos moluscos, nos crustáceos e nas aves marinhas. Quer dizer, isso vai causar uma catástrofe ambiental e afugentar o turista da praia, que vai ficar imprópria para banho. O Estado vai ter um prejuízo ambiental e econômico”, acrescentou.
O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) divulgou uma nota dizendo que não foi acionado para monitorar o acidente e que o órgão responsável é o Ibama. Já o Ibama no Espírito Santo informou que quem está cuidando do caso é o escritório do órgão no Rio de Janeiro e não informou se o Estado está preparado para atuar em casos de vazamento de óleo no litoral capixaba. Para Marco Bravo, fatos como esse são a prova de que estados produtores de petróleo precisam receber mais recursos dos royalties. Afinal de contas, são eles que sofrem quando a situação sai do controle.
“Os estados produtores de petróleo correm um risco muito grande de terem acidentes. É lógico e justo que eles recebam uma parcela maior dos royalties. Precisamos ter equipes de prevenção e corremos riscos ambientais com mais veemência do que estados que não produzem”, finalizou.
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O acidente na perfuração de um poço de petróleo da empresa americana Chevron aconteceu há 16 dias e o óleo ainda está vazando, apesar de em menor quantidade. A mancha está distante do litoral, mas as correntes podem fazer óleo percorrer 120 quilômetros em duas semanas, atingindo praias cariocas, paulistas e capixabas.
Segundo especialistas, o Brasil como um todo não está preparado para acidentes nessas proporções porque não há um Plano de Contingência. “Não só o Espírito Santo como o Brasil não está preparado para um desastre como esse porque não temos órgãos especializados na atenuação de problemas ambientais proporcionados pela indústria do petróleo, que está aumentando a produção e não está se preparando para a prevenção necessária”, esclareceu o especialista em Gestão Ambiental Marco Bravo.
A mancha de óleo diminuiu de tamanho, de 12 para 6 km na última segunda-feira (21), mas os especialistas alertam que isso não significa nada. A maior parte do óleo não está na superfície. Esse material deve passar por um processo químico e se transformar em bolas de piche. São essas bolas que devem chegar às praias e causar muitos estragos.
“Chegando aqui isso vai se incrustar nos corais, que são indicadores de qualidade ambiental, nos moluscos, nos crustáceos e nas aves marinhas. Quer dizer, isso vai causar uma catástrofe ambiental e afugentar o turista da praia, que vai ficar imprópria para banho. O Estado vai ter um prejuízo ambiental e econômico”, acrescentou.
O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) divulgou uma nota dizendo que não foi acionado para monitorar o acidente e que o órgão responsável é o Ibama. Já o Ibama no Espírito Santo informou que quem está cuidando do caso é o escritório do órgão no Rio de Janeiro e não informou se o Estado está preparado para atuar em casos de vazamento de óleo no litoral capixaba. Para Marco Bravo, fatos como esse são a prova de que estados produtores de petróleo precisam receber mais recursos dos royalties. Afinal de contas, são eles que sofrem quando a situação sai do controle.
“Os estados produtores de petróleo correm um risco muito grande de terem acidentes. É lógico e justo que eles recebam uma parcela maior dos royalties. Precisamos ter equipes de prevenção e corremos riscos ambientais com mais veemência do que estados que não produzem”, finalizou.
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