terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caririaçu-CE: Extração do coco catolé é fonte de renda para agricultoras


Quem não já provou dos chamados “rosários” de cocos de catolé vendidos, principalmente, nas feiras livres?. Pois o cultivo e a extração dessa amêndoa é fonte de renda para cerca de 300 agricultoras na zona rural de Caririaçu, cujos negócios mais crescem por ocasião das romarias em Juazeiro do Norte. Desta forma, um complemento orçamentário oriundo da espécie de palmeira Syagrus Cearenses típica da mata atlântica, inclusive ameaçada de extinção por aqui.

O Sítio Bananeira em Caririaçu é um dos principais celeiros na produção do coco catolé, mas o cultivo se espalha ainda pelos sítios São Paulo, Monte, Barrado, Isidoro, Pedrosa, Caboclo, Portão, Fortuna e no Distrito de Miragem todos encravados no alto da Serra de São Pedro. Nesses lugares são milhares de pés de coqueiros uma árvore que gosta de clima quente e solo úmido e sua altura chega a 30 metros. Os cachos de coco são cortados com uma foice e amarrados em um grande bambu ainda maduro.

O radialista Pedro de Abílio, colaborador do site Miséria em Caririaçu, foi conferir de perto o trabalho destas famílias e ficou impressionado com a alta produtividade. A agricultora Maria Marciel da Silva, de 37 anos, residente no Sítio Bananeira, é uma delas há muitos anos cultivando a amêndoa para ajudar na renda familiar. Com o objetivo de ganhar um dinheirinho extra a tarefa dela é quebrar o coco com um martelo improvisado.

O lugar fica a uma distância de 5 quilômetros do centro de Caririaçu e o nível de satisfação das mulheres empresta a idéia que os negócios estão dando certo. A aposentada Tereza Herculano da Silva, de 64 anos, não esconde a alegria com o cultivo do coco que adota ainda como terapia ocupacional. O trabalho dela é furar o coco com uma agulha para, depois, colocar o cordão fazendo os rosários. Vender não é problema, pois o agricultor Francisco Marciel da Silva, de 48 anos, mais conhecido como Dedon, responde pela compra de toda a produção.

Segundo revelou, no prazo de um mês chega a comprar cerca de 10 mil rosários de cocos que são vendidos em Juazeiro do Norte e uma parte segue para São Paulo. Antes da venda, ele cozinha toda a produção para matar a lagarta que gera na amêndoa. Em Caririaçu, o coco não caiu no gosto popular ao contrário do que ocorre nas feiras de Juazeiro e outras cidades. Há quem diga que o coco serve para curar quem possui pedras nos rins. Gostou? Então divulgue! TwitterFaceBookGoogle Buzz
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