Foto: Reprodução TV Vitória![]() |
Artesão vive em casa construída com restos de madeira, plástico e telhas em praça de Vitória-ES
Um artesão mineiro escolheu como moradia a praça de Caratoíra, em Vitória. João Batista, de 47 anos, construiu no local uma casa com restos de madeira, plástico, telhas e lonas. Todos os dias ele cuida das plantas e varre a calçada.
O homem simples é cheio de planos e sonhos. "Eu tenho sonho de montar uma fábrica de artesanato. Tenho lutado muito por esse projeto e penso também em ajudar as pessoas. É um sonho que tenho tentado realizar e não desisto", explicou.
A casa chama a atenção das pessoas que passam pela região. Sorridente, o artesão diz que tudo foi fácil de conseguir. "Não foi muito difícil porque aqui em Vitória achamos muito material. Se a pessoa tiver o terreno, dá para construir uma casa só com o que se encontra. Tem tijolo, madeira, tábua e até telha por aí. O lixo aqui é muito bom para quem não tem condições de construir. Basta ter criatividade", acrescentou.
Assim que chegou à Vitória, João conseguiu trabalho e alugou uma kitnet. Porém, meses depois ele ficou desempregado, foi despejado e teve que morar na rua. O artesão já adiantou que essa é uma situação temporária. Assim que começar a produção independente, vai deixar a moradia improvisada.
Preocupados, muitos moradores se prontificam a ajudar. "Sempre dou um agradozinho para ele vigiar o meu carro", disse o aposentado Moacyr Antunes do Nascimento.
Outras pessoas se sentem incomodadas, como o empresário Valdecyr Mario Dossi, que exige uma solução para o homem que fez da praça a sua casa. "Chegamos a chamar um secretário da prefeitura porque essa situação é constrangedora para nós. É muito chato quando nossos clientes chegam. O secretário mesmo declarou que a prefeitura não pode fazer nada. Como não pode fazer nada? Esse homem é uma pessoa de bem, se comunica com facilidade e só precisa de um apoio".
Mesmo sem oportunidade e morando em uma casa improvisada, João não deixa de sonhar. O mineiro vê na produção de esteiras a solução para deixar a rua. "Não vai demorar muito para eu começar a fazer as primeiras esteiras. Já tenho até encomenda de seis unidades antes mesmo de começar a fazer. A coisa já deu mais que certo. Eu chego a chorar porque é uma coisa que tento tirar do papel, mas não é fácil. Estou com fé que agora vai dar certo", finalizou.
Os interessados em ajudar o artesão podem ligar para o telefone 3222-5151.
A Secretaria de Assistência Social de Vitória informou que o artesão que fica na Praça de Caratoíra já foi acolhido no albergue para migrantes. Ele chegou a conseguir um emprego e alugar um local para morar, mas como não recebeu o salário, teve que sair e optou voltar para as ruas. Apesar das constantes conversas do Serviço de Abordagem Social de Ruam ele não aceita o encaminhamento para o abrigo municipal. A secretaria informa ainda que tomará as medidas necessárias para que a casa de madeira seja retirada da praça.
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O homem simples é cheio de planos e sonhos. "Eu tenho sonho de montar uma fábrica de artesanato. Tenho lutado muito por esse projeto e penso também em ajudar as pessoas. É um sonho que tenho tentado realizar e não desisto", explicou.
A casa chama a atenção das pessoas que passam pela região. Sorridente, o artesão diz que tudo foi fácil de conseguir. "Não foi muito difícil porque aqui em Vitória achamos muito material. Se a pessoa tiver o terreno, dá para construir uma casa só com o que se encontra. Tem tijolo, madeira, tábua e até telha por aí. O lixo aqui é muito bom para quem não tem condições de construir. Basta ter criatividade", acrescentou.
Assim que chegou à Vitória, João conseguiu trabalho e alugou uma kitnet. Porém, meses depois ele ficou desempregado, foi despejado e teve que morar na rua. O artesão já adiantou que essa é uma situação temporária. Assim que começar a produção independente, vai deixar a moradia improvisada.
Preocupados, muitos moradores se prontificam a ajudar. "Sempre dou um agradozinho para ele vigiar o meu carro", disse o aposentado Moacyr Antunes do Nascimento.
Outras pessoas se sentem incomodadas, como o empresário Valdecyr Mario Dossi, que exige uma solução para o homem que fez da praça a sua casa. "Chegamos a chamar um secretário da prefeitura porque essa situação é constrangedora para nós. É muito chato quando nossos clientes chegam. O secretário mesmo declarou que a prefeitura não pode fazer nada. Como não pode fazer nada? Esse homem é uma pessoa de bem, se comunica com facilidade e só precisa de um apoio".
Mesmo sem oportunidade e morando em uma casa improvisada, João não deixa de sonhar. O mineiro vê na produção de esteiras a solução para deixar a rua. "Não vai demorar muito para eu começar a fazer as primeiras esteiras. Já tenho até encomenda de seis unidades antes mesmo de começar a fazer. A coisa já deu mais que certo. Eu chego a chorar porque é uma coisa que tento tirar do papel, mas não é fácil. Estou com fé que agora vai dar certo", finalizou.
Os interessados em ajudar o artesão podem ligar para o telefone 3222-5151.
A Secretaria de Assistência Social de Vitória informou que o artesão que fica na Praça de Caratoíra já foi acolhido no albergue para migrantes. Ele chegou a conseguir um emprego e alugar um local para morar, mas como não recebeu o salário, teve que sair e optou voltar para as ruas. Apesar das constantes conversas do Serviço de Abordagem Social de Ruam ele não aceita o encaminhamento para o abrigo municipal. A secretaria informa ainda que tomará as medidas necessárias para que a casa de madeira seja retirada da praça.
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