Foto: Reprodução TV Vitória |
Toque de recolher mantém escola e unidade de saúde fechadas após morte de jovem em morro de Vitória-ES
A comunidade do Morro da Fonte Grande, em Vitória, se deparou com uma nova situação na manhã desta quinta-feira. Após uma troca de tiros entre traficantes e policiais que resultou na morte de um adolescente no início da noite de quarta-feira (26), um toque de recolher fez com que as ruas do bairro ficassem desertas.
Policiais percorreram o bairro de carro e a pé. Na escola municipal Anacleta Schineider Lucas não teve aula e a única unidade de saúde do bairro permaneceu fechada. Um cartaz informava que não haveria atendimento devido ao atestado médico de uma clínica geral.
Uma moradora disse que conversou com uma funcionária da unidade de saúde que disse que os funcionários foram ameaçados através de uma ligação anônima. "A enfermeira recebeu um telefonema anônimo com uma voz chorosa de um homem pedindo para que não abrisse a unidade pela integridade dos funcionários e dos moradores. Dizem que a escola recebeu o mesmo telefonema", contou a mulher que não quis ser identificada.
Para alguns moradores, o possível toque de recolher aconteceu após a morte de um adolescente de 16 anos. O menor teria sido baleado durante uma troca de tiros com a Polícia Militar no início da noite de quarta-feira (26).
Segundo a Polícia Militar, existe uma guerra entre traficantes do Morro da Fonte Grande e do Morro da Piedade. Eles querem dominar a venda de drogas na região. Um sargento garantiu que várias viaturas irão percorrer a região para oferecer segurança aos moradores e evitar novos confrontos. "Estão trabalhando aqui hoje uma cinco viaturas para cobrir o morro e tentar trazer a paz aos moradores", disse o sargento Weverton.
Mesmo com a presença dos militares, alguns moradores temem pelo pior e vivem em clima de tensão todos os dias, principalmente ao anoitecer. "Eu tenho medo de ir ao meu terraço recolher a minha roupa à noite. Antigamente você andava livremente por esse morro. Eu ia à escola de samba da qual eu fui frequentadora, saía de lá 2h da manhã tranquila. Hoje eu não tenho coragem de subir no meu terraço para recolher roupa. Está triste, está tenso", desabafou a mulher.
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