Foto: Reprodução TV Vitória![]() |
Rotina estressante em sala de aula afasta 700 professores da rede pública no ES
O mau comportamento dentro da sala de aula não prejudica apenas o aprendizado e o futuro dos estudantes. A falta de disciplina vai muito além disso e faz com que os professores tenham uma rotina nada fácil.
A professora Lidia Helena Nascimento diz que no momento em que está explicando matéria os alunos passam torpedo e escutam som alto. "Eles ficam passando e ligam o celular e põem funk tocando dentro da sala de aula. Eu peço para eles abaixarem, com educação, nem peço para desligar, apenas para abaixar, mas eles não obedecem e aumentam o volume", contou a professora.
Remédios de tarja preta e consultas com o psicólogo fazem parte da nova rotina da professora Lídia. Depois de 20 anos de profissão, ela foi afastada da função por problemas de saúde. "Até que ponto, professor tem que aguentar isso tudo", perguntou a professora.
O que preocupa é que Lídia não é a única professora a sofrer depressão. De janeiro a agosto deste ano, 700 professores da rede pública de ensino foram afastados do trabalho por causa de problemas de saúde mental.
O diretor do Sindiupes de Vitória, Rafael Brizoto, diz que os professores sofrem violência dos alunos. "É a questão da violência que nós professores estamos sentindo e temos todos os dias, com a questão da família que não faz mais a parte de educadores que lhe cabe, passando essa responsabilidade para nós professores, o que nos deixa doentes", disse o diretor.
E a depressão é apenas uma porta de entrada para problemas ainda mais graves como a Síndrome de Burnout, síndrome do pânico e hipertensão. "O professor tem uma série de expectativas, que quando não são atendidas em sala de aula, geram um desgate entre a necessidade de realizar a sua tarefa e a de não conseguir realizar", explicou a mestre em educação Maria José Cerutti.
Isso é o que acontece com a educadora Lidia. "Eu me decepcionei muito com minha profissão. Passei anos me dedicando a fazer o diferente, me dedicando, mas as famílias se omitem na educação dos filhos e eu perdi minha identidade funcional. Eu não sabia se ia para escola educar aluno ou ensinar", disse a professora.
É como se o sistema de educação estivesse doente. De um lado, professores decepcionados, depressivos. Do outro, alunos sem limites. O resultado é o baixo desempenho escolar. Para amenizar esses problemas, a Secretaria de Educação do Espírito Santo tem desenvolvido projetos para melhorar a qualidade de vida de quem educa.
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A professora Lidia Helena Nascimento diz que no momento em que está explicando matéria os alunos passam torpedo e escutam som alto. "Eles ficam passando e ligam o celular e põem funk tocando dentro da sala de aula. Eu peço para eles abaixarem, com educação, nem peço para desligar, apenas para abaixar, mas eles não obedecem e aumentam o volume", contou a professora.
Remédios de tarja preta e consultas com o psicólogo fazem parte da nova rotina da professora Lídia. Depois de 20 anos de profissão, ela foi afastada da função por problemas de saúde. "Até que ponto, professor tem que aguentar isso tudo", perguntou a professora.
O que preocupa é que Lídia não é a única professora a sofrer depressão. De janeiro a agosto deste ano, 700 professores da rede pública de ensino foram afastados do trabalho por causa de problemas de saúde mental.
O diretor do Sindiupes de Vitória, Rafael Brizoto, diz que os professores sofrem violência dos alunos. "É a questão da violência que nós professores estamos sentindo e temos todos os dias, com a questão da família que não faz mais a parte de educadores que lhe cabe, passando essa responsabilidade para nós professores, o que nos deixa doentes", disse o diretor.
E a depressão é apenas uma porta de entrada para problemas ainda mais graves como a Síndrome de Burnout, síndrome do pânico e hipertensão. "O professor tem uma série de expectativas, que quando não são atendidas em sala de aula, geram um desgate entre a necessidade de realizar a sua tarefa e a de não conseguir realizar", explicou a mestre em educação Maria José Cerutti.
Isso é o que acontece com a educadora Lidia. "Eu me decepcionei muito com minha profissão. Passei anos me dedicando a fazer o diferente, me dedicando, mas as famílias se omitem na educação dos filhos e eu perdi minha identidade funcional. Eu não sabia se ia para escola educar aluno ou ensinar", disse a professora.
É como se o sistema de educação estivesse doente. De um lado, professores decepcionados, depressivos. Do outro, alunos sem limites. O resultado é o baixo desempenho escolar. Para amenizar esses problemas, a Secretaria de Educação do Espírito Santo tem desenvolvido projetos para melhorar a qualidade de vida de quem educa.
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