quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Idosa pode perder perna por causa de plano de saúde

Foto: Reprodução TV Vitória

TV Vitória

Família diz que idosa pode perder uma das pernas porque plano de saúde se recusa a autorizar tratamento(ES)

Uma mulher de 70 anos corre o risco de perder uma das pernas por falta de um tratamento que foi receitado pelos médicos. De acordo com a família, o plano de saúde não autoriza o procedimento. O caso já foi parar no Juizado de Pequenas Causas e até mesmo na polícia.

A filha lembra que o drama da mãe começou no último dia 17. “Minha mãe começou a sentir uma dor no pé e esteve no Hospital São Luis. Foi medicada, voltou para casa com o uso de antibióticos, mas retornou do dia 23 para ser internada. A cada dia o estado dela foi se agravando e foi feita uma raspagem no pé dela. No dia 27 foi feita uma cirurgia e o estado da minha mãe é grave”, contou a dona de casa Gilma Hastenreiter.

Nilda Hastenreiter está internada em um hospital particular no bairro Ibes, em Vila Velha. De acordo com a filha, o plano de saúde não assistiu à mãe no momento em que ela mais precisou e que a idosa corre o risco de ter uma das pernas amputada. “O médico pediu dez sessões de hiperbárica e o plano de saúde não liberou o tratamento. Ela está correndo o risco de perder a perna, ser amputada”, afirmou a filha.

A família já investiu mais de R$ 2 mil e teve que recorrer a um empréstimo para dar continuidade ao tratamento da aposentada. O caso foi parar no Juizado de Pequenas Causas e na polícia. “Primeiramente eu fui ao juizado, fui à delegacia registrar um B.O e, como estava demorando muito e o caso da minha mãe é muito grave, a família teve que fazer um empréstimo para iniciar as sessões”, disse Gilma.

O que chama atenção é que o que acontece com dona Nilda não ocorre só com ela. De janeiro a 5 de outubro de 2010, o PROCON recebeu 1353 reclamações contra planos de saúde. No mesmo período, neste ano, foram 1039. As principais queixas dos usuários são quanto às negativas de cobertura, reajuste, não cumprimento da oferta, recusa, mau atendimento e rescisão ou alteração de contrato.

“Eu quero que as autoridades competentes me ajudem no que for possível. Eu preciso que a minha mãe complete esse tratamento e que o plano possa liberar esse tratamento para a minha mãe. O pagamento está totalmente em dia. Na hora deles venderem, eles oferecem o céu para o cidadão, mas na hora que a gente precisa, é um verdadeiro inferno”, concluiu a filha da paciente.

A produção da TV Vitória tentou durante toda a manhã falar com o responsável pelo plano de saúde, mas ninguém atendeu as ligações.
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