Foto: Reprodução TV Vitória |
Incêndio destrói casa e casal consegue salvar os 6 filhos pequenos na Serra-ES
A residência de uma família pegou fogo na madrugada desta terça-feira (27) no bairro Vista da Serra, na Serra. Pai, mãe e seis crianças estavam no imóvel e ninguém se feriu no incêndio que destruiu quase tudo que a família tinha.
O medo tomou conta da família. "Foi desesperador. Acordei às 2h da madrugada com aquele fogo. Meus filhos pedindo socorro. Só deu tempo de sair correndo pela porta da frente. A casa toda pegou fogo. O cheiro era de pneu queimado. O bebê de dois meses e uma criança de dois anos estavam dormindo comigo. As crianças gritavam com medo de morrerem queimadas, minha mulher chorava. Na hora eu me desesperei e pedi socorro aos vizinhos que conseguiram me prestar socorro", contou Onério Lima Cruz.
O fogo começou no quarto das meninas. "Me deu uma tremedeira no corpo e eu fiquei doidinha porque eu estava dormindo e levei um susto. Fiquei desesperada. Minha mãe chamou meu pai, e jogou o neném em cima das britas, pegou a minha irmã pelos braços e jogou pela varanda. Depois ela trancou o portão e falou: 'tá bom, está nas mãos de Deus', disse a estudante Mayara da Silva, de 11 anos.
Por pouco, a família inteira não morre queimada dentro de casa. "O cadeado estava aberto, a minha sorte foi essa, senão tinha morrido todo mundo porque eu estava sem chave. No escuro eu não ia conseguir encontrar a chave. Na hora do desespero eu só pensei em salvar meus filhos e, graças a Deus, consegui salvá-los", desabafou a dona de casa Mariza Oliveira.
Foto: Reprodução TV Vitória
Os vizinhos da família acordaram com os gritos de socorro. Foi a vizinhança que conseguiu controlar as chamas depois de quebrar a caixa de água. "Tinha muita criança pequena. Eles choravam e gritavam que iam morrer queimados e aquilo comoveu todos os moradores e vizinhos que estavam próximos", comentou o pedreiro Gilcenir Ventura.
A estrutura da casa ficou comprometida. O Corpo de Bombeiros isolou o lar da família que perdeu praticamente tudo. Os móveis do quarto das meninas viraram cinzas. Na cozinha, todos os eletrodomésticos foram destruídos pelo fogo. "Dói muito porque meu pai deu muito caro naquela triliche, nem terminou de pagar ainda. Custou R$ 1,8 mil e os colchões foram R$ 600 cada um. Ele falou que vai entregar nas mãos de Deus", disse a menina Rayane.
O incêndio vai ficar marcado na memória da família e dos vizinhos que acreditam que o fogo não aconteceu por acaso. Para eles, foi criminoso. "Eu acredito que pode ter sido devido a um usuário de drogas que nós amarramos e levamos para a delegacia que falou que ia me matar, mas ele foi solto. Já foram quatro tentativas contra mim e contra o meu vizinho. Tem quatro boletins de ocorrência contra esse cidadão", afirmou Onério. O vizinho tem a mesma suspeita. "Tem um vizinho meu que vem sempre nos ameaçando, falando em matar e em colocar fogo no meu carro", disse Gilcenir Ventura.
O Corpo de Bombeiros informou que o atraso na perícia da casa aconteceu por causa da greve dos policiais civis. A madrugada foi complicada porque os bombeiros tiveram que recolher os corpos no lugar do DML. Mesmo assim, a assessoria afirma que a perícia vai ser realizada durante a tarde. O órgão tem dez dias para entregar o relatório com as causas do incêndio. Se for constatado algum indício de crime, o caso será encaminhado para a Polícia Civil.
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O medo tomou conta da família. "Foi desesperador. Acordei às 2h da madrugada com aquele fogo. Meus filhos pedindo socorro. Só deu tempo de sair correndo pela porta da frente. A casa toda pegou fogo. O cheiro era de pneu queimado. O bebê de dois meses e uma criança de dois anos estavam dormindo comigo. As crianças gritavam com medo de morrerem queimadas, minha mulher chorava. Na hora eu me desesperei e pedi socorro aos vizinhos que conseguiram me prestar socorro", contou Onério Lima Cruz.
O fogo começou no quarto das meninas. "Me deu uma tremedeira no corpo e eu fiquei doidinha porque eu estava dormindo e levei um susto. Fiquei desesperada. Minha mãe chamou meu pai, e jogou o neném em cima das britas, pegou a minha irmã pelos braços e jogou pela varanda. Depois ela trancou o portão e falou: 'tá bom, está nas mãos de Deus', disse a estudante Mayara da Silva, de 11 anos.
Por pouco, a família inteira não morre queimada dentro de casa. "O cadeado estava aberto, a minha sorte foi essa, senão tinha morrido todo mundo porque eu estava sem chave. No escuro eu não ia conseguir encontrar a chave. Na hora do desespero eu só pensei em salvar meus filhos e, graças a Deus, consegui salvá-los", desabafou a dona de casa Mariza Oliveira.
Foto: Reprodução TV Vitória
Os vizinhos da família acordaram com os gritos de socorro. Foi a vizinhança que conseguiu controlar as chamas depois de quebrar a caixa de água. "Tinha muita criança pequena. Eles choravam e gritavam que iam morrer queimados e aquilo comoveu todos os moradores e vizinhos que estavam próximos", comentou o pedreiro Gilcenir Ventura.
A estrutura da casa ficou comprometida. O Corpo de Bombeiros isolou o lar da família que perdeu praticamente tudo. Os móveis do quarto das meninas viraram cinzas. Na cozinha, todos os eletrodomésticos foram destruídos pelo fogo. "Dói muito porque meu pai deu muito caro naquela triliche, nem terminou de pagar ainda. Custou R$ 1,8 mil e os colchões foram R$ 600 cada um. Ele falou que vai entregar nas mãos de Deus", disse a menina Rayane.
O incêndio vai ficar marcado na memória da família e dos vizinhos que acreditam que o fogo não aconteceu por acaso. Para eles, foi criminoso. "Eu acredito que pode ter sido devido a um usuário de drogas que nós amarramos e levamos para a delegacia que falou que ia me matar, mas ele foi solto. Já foram quatro tentativas contra mim e contra o meu vizinho. Tem quatro boletins de ocorrência contra esse cidadão", afirmou Onério. O vizinho tem a mesma suspeita. "Tem um vizinho meu que vem sempre nos ameaçando, falando em matar e em colocar fogo no meu carro", disse Gilcenir Ventura.
O Corpo de Bombeiros informou que o atraso na perícia da casa aconteceu por causa da greve dos policiais civis. A madrugada foi complicada porque os bombeiros tiveram que recolher os corpos no lugar do DML. Mesmo assim, a assessoria afirma que a perícia vai ser realizada durante a tarde. O órgão tem dez dias para entregar o relatório com as causas do incêndio. Se for constatado algum indício de crime, o caso será encaminhado para a Polícia Civil.
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