Foto: Reprodução TV Vitória![]() |
Espírito Santo é o 2º do País com maior índice de morte de trabalhadores na Construção Civil
A Construção Civil do Espírito Santo é uma das mais perigosas do País para o trabalhador. De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho, o Estado tem o maior índice de mortes de trabalhadores do Sudeste e está em segundo lugar no ranking nacional, perdendo apenas para o Mato Grosso.
O Espírito Santo registra uma média anual de 24 mortes para cada 100 mil trabalhadores. O Estado de Minas Gerais, segundo colocado da Região Sudeste, apresenta 14 mortes para o mesmo grupo de 100 mil trabalhadores.
Para a entidade que fiscaliza, falta efetivo e maior comprometimento por parte dos empregadores. "A empresa tem que investir em segurança do trabalho porque uma vida não tem preço. Um custo é a vida do trabalhador", explicou a analista de segurança do MPT, Lorrane Britto.
Para o sindicato da trabalhadores, falta incentivo dentro da obra para que o trabalhador utilize os equipamentos de segurança. "O que falta é proteção coletiva no canteiro e informação para os trabalhadres", reclamou o presidente do Sintraconst, Paulo Cesar Borba Peres.
Na última quinta-feira (15), um trabalhador morreu e outros dois ficaram feridos após sofrerem um acidente na obra de um edifício localizado em Itapoã, Vila Velha. Eles caíram de uma altura de quase 12 metros. Os dois rapazes que sobreviveram à queda foram socorridos e levados para o Hospital São Lucas, em Vitória. Um outro, único que usava equipamentos de segurança, ficou pendurado e foi resgatado.
Depois da morte do operário, os trabalhadores prometem uma paralisação na próxima semana. "Vamos parar na segunda-feira pela manhã em Vila Velha", acrescentou o presidente do sindicato.
Essa é a 6ª morte de um trabalhador da Construção Civil do Estado apenas este ano. O Ministério Público do Trabalho esteve na obra onde tudo aconteceu e constatou inúmeras irregularidades. "Buracos em várias lajes sem proteção efetiva, torre do elevador também sem proteção, periferia da obra sem guarda-corpo... Tudo propicia queda do trabalhador", comentou ainda a analista do MPT.
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