terça-feira, 20 de setembro de 2011

Aulas são suspensas em escola incendiada após ameaças a alunos e professores

TV Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória


Aulas são suspensas em escola incendiada após ameaças a alunos e professores em VV (ES)


O medo se tornou um sentimento comum entre os alunos e funcionários da Escola Professor Elson José de Souza, em Jaburuna, Vila Velha, depois que um incêndio destruiu parte do colégio na noite da última sexta-feira (16).

Estudantes e professores estão sendo ameaçados e a suspeita é que traficantes que disputam o domínio da venda de drogas no bairro estejam promovendo o terror na região e na unidade de ensino.

"Deixaram um bilhete aqui na escola falando que vão voltar e vão matar alunos e professores. Isso foi só um aviso. Todos estão com medo de estudar e ninguém volta para a sala de aula se não tiver policiamento 24 horas ao lado da escola, câmeras, portões e grades. Estamos com medo porque a gente não sabe se vem para a escola e volta para casa. Estamos com medo de morrer aqui dentro ", disse a estudante Diana Viana, de 13 anos.

Os professores estão com tanto medo que não compareceram à escola para dar aula. Pais de alunos apóiam a decisão. "É melhor do que acontecer uma tragédia e o filho da gente acabar ferido ou morto", afirmou Rosa Ferreira.

A proximidade do fim do ano letivo aumenta o temor pela suspensão das aulas. A incerteza de chegar à escola sem saber se vão estudar, reforça neles a frustração. "Todo mundo aqui quer estudar e passar de ano. Final de ano está chegando e eles não estão nem aí. A diretora fala que amanhã vai ter aula e a gente vai chegar aqui e não vai ter. Todo mundo está com vontade de fazer alguma coisa no futuro e não pode porque essa escola não quer", disse Alícia Ribeiro, de 13 anos.

A mãe de uma aluna concorda com a estudante. "É ruim porque já teve a greve. Eles estão em processo de reposição de aula. A gente está caminhando para o final do ano e isso é ruim para o aprendizado deles", comentou Carla Alves.

Para o presidente do Sindicato dos Seguranças do Espírito Santo (Sindseg-ES), todo esse transtorno poderia ter sido evitado pela Prefeitura de Vila Velha. "No início do ano nós fizemos uma manifestação na porta da prefeitura porque o prefeito iria tirar 140 homens e conseguimos reduzir para 60. Nós tivemos uma reunião com a antiga secretária de Educação sobre o que poderia acontecer nas escolas. Infelizmente, não ouviram o sindicato e de lá pra cá foram reduzindo aos poucos e continuam reduzindo. O resultado é isso aí: vandalismo e perigo para os funcionários. A vigilância tem que voltar para a escola", afirmou Roberto Portugal.

De acordo com a prefeitura, as aulas na escola serão normalizadas no período da tarde. Em reunião com os professores, a Secretária de Educação do Município assumiu o compromisso de reforçar o atendimento da patrulha escolar, pedir apoio à Polícia Militar na segurança ao redor da escola, além de desenvolver um estudo para a implantação de câmeras de vigilância. Além disso, os vigilantes voltaram a trabalhar 24 horas por dia.

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