
No ambiente abafado e abarrotado da unidade hospitalar o som lamuriento que ecoava dava a dimensão da intolerância observada nos semblantes de pacientes e equipes de saúde, todos espremidos nos corredores e enfermarias da casa
Ontem (2), enquanto no Palácio do Setentrião aplausos e honrarias davam boas vindas aos cinco novos secretários do Governo do Estado, entre eles o que passa a assumir a pasta de Saúde, a população do hospital de emergências de Macapá enfrentava o cume de uma saúde enferma. No ambiente abafado e abarrotado da unidade hospitalar o som lamuriento que ecoava dava a dimensão da intolerância observada nos semblantes de pacientes e equipes de saúde, todos espremidos nos corredores e enfermarias da casa.
Para os doentes e os próprios técnicos de saúde que já atuam no pronto socorro da cidade há muito tempo, o hospital foi visto ontem no pior de seus dias. O Sindicato dos Servidores da Saúde do Amapá (Sindesaúde) e a imprensa foram acionados para registrar as denúncias de afronta ao direito do cidadão, previsto na Constituição, e do servidor público, sobrecarregado e abalado com suas limitações profissionais.
As imagens de desrespeito à vida e de dor daquela população tornavam-se mais límpidas a cada metro de rampa alcançado. O drama mais claramente notado naquele hospital ocupava o andar de cima do prédio.
As imagens de desrespeito à vida e de dor daquela população tornavam-se mais límpidas a cada metro de rampa alcançado. O drama mais claramente notado naquele hospital ocupava o andar de cima do prédio.
Naquele ambiente, crianças tentavam repousar em pequenos colchonetes jogados ao chão, idosos sentiam cada vez mais dores por ocasião de suas acomodações, acompanhantes espalhavam finos lençóis embaixo de macas, para buscar o descanso de mais um dia vencido.
O cenário inóspito revelava apenas uma certeza: o pronto socorro, mais do que qualquer outro paciente, precisa urgentemente de socorro, porque está com os braços e as pernas quebrados, os organismos degenerados e o coração a ponto de parar. Seu diagnóstico já é sabido, mas a solução para os problemas enfrenta a burocracia do serviço público.
O cenário inóspito revelava apenas uma certeza: o pronto socorro, mais do que qualquer outro paciente, precisa urgentemente de socorro, porque está com os braços e as pernas quebrados, os organismos degenerados e o coração a ponto de parar. Seu diagnóstico já é sabido, mas a solução para os problemas enfrenta a burocracia do serviço público.
Em sete meses de nova gestão do Estado, ainda seguem em tramitação procedimentos licitatórios para compra de equipamentos hospitalares, fornecimento de medicamentos e sistema de vigilância interna – em se tratando apenas de hospitais, que também pedem a contratação de mais profissionais de saúde.
Confira na sequência as mazelas esmiuçadas flagradas por nossa equipe de reportagem no interior do Hospital de Emergências de Macapá.
Gostou? Então divulgue!
TwitterFaceBookGoogle Buzz
Confira na sequência as mazelas esmiuçadas flagradas por nossa equipe de reportagem no interior do Hospital de Emergências de Macapá.
Loading
Nenhum comentário:
Postar um comentário