quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Água Doce do Norte produz 4 mil litros de leite todos os dias (ES)


Segunda atividade econômica de Água Doce do Norte, a pecuária de leite chega a produzir cerca de 4 mil litros de leite por dia no município, que possui aproximadamente 23 mil cabeças de gado. O leite é tirado através de ordenha mecânica e manual.

O pecuarista leiteiro Geraldo Antônio passou uma temporada trabalhando em restaurantes dos Estados Unidos, adquiriu um pedaço de terra e agora divide com o bezerro a matéria prima das vacas leiteiras. “O nosso lugar é um lugar muito bom. A saudade é algo que a gente não deixa de ter no coração”, resumiu.

Já a topografia do município favorece o plantio de café. O conilon ocupa as áreas mais baixas e o arábica é plantado nos distritos elevados. “Temos um clima bem diferenciado em parte do município. Da sede até o distrito de Santa Luzia do Azul, que fica a cerca de 30 km, temos um desnível de 500 metros. Isso, além de proporcionar belezas naturais, como cachoeiras, potencialidades de irrigação com gravidade, também permite produzir outros tipos de cafés”, esclareceu o técnico do Incaper Evandro Braga.

As lavouras estão sendo renovadas e investimentos devem melhorar a produtividade. “Dá mais trabalho, mas vem o retorno. Daqui a uns três anos vem o retorno”, comentou o cafeicultor José Alves.

Foi acreditando nisso que a produtora rural Arlete Freitas de Almeida deixou o antigo emprego para ser dona da própria terra. O café rendeu e a lavoura já é modelo. Segundo ela, no início até os vizinhos duvidavam do sucesso do plantio. “As pessoas falavam que só nós tínhamos a lavoura daquele jeito e duvidavam se iria dar certo. Nós falávamos que ia dar certo e foi o que aconteceu”, explicou.

Com auxílio técnico, o agricultor tem conseguido mais produtividade. Em Água Doce do Norte, os produtores que têm espaço equivalente a um campo de futebol estão conseguindo colher até 7,8 mil kg de café pilado. Porém, para isso é preciso usar tecnologia e renovação da lavoura.

“A média estava baixa e nós temos que tentar acompanhar o resto do Estado. Arriscamos e vamos ver o que vai dar agora”, disse o cafeicultor Júnior Carvalho.

Os investimentos se refletem na cidade. “Quando você investe em melhorias de produtividade, você aumenta consideravelmente a produção da região. Se você parte de uma produção média de 15 a 20 sacas por hectare e aumenta para 100, 130 sacas por hectare, com certeza incrementa a renda no município”, friso o chefe do Incaper no município, Nilson Araújo Barbosa.

A cafeicultura emprega 33% da população ativa do Estado. Tirando a capital, ela está presente em todos os municípios. Em Água Doce do Norte, pelo menos 1,4 mil famílias utilizam a atividade como fonte de renda econômica.
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