A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirma que o cunhado da estudante de direito Marielly Barbosa Rodrigues, 19, morta durante uma operação malsucedida de aborto, foi quem a levou até o enfermeiro responsável pelo procedimento.Os dois suspeitos de envolvimento no caso estão presos.
A jovem ficou desaparecida por 21 dias até seu corpo ser encontrado em 11 de junho, em um canavial de Sidrolândia (a 70 km de Campo Grande). Marielly morava com a mãe em Campo Grande e os familiares não sabiam da gravidez –ela estava com quatro meses de gestação.
A polícia afirma que ainda não descobriu quem seria o pai do bebê e quem abandonou o corpo da vítima no canavial.
Numa entrevista coletiva nesta segunda-feira (18), o delegado que cuida do caso, Fabiano Nagata, disse que o cunhado da estudante, Hugleice da Silva, 30, confessou ter levado a vítima até a casa do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, 40. O combinado, segundo o cunhado, seria que a universitária fizesse o aborto.
Antes de preso, ele negava qualquer participação no caso. Durante o desaparecimento da cunhada, Hugleice chegou a distribuir fotografias da vítima pela cidade.
Segundo o delegado, o suspeito, casado com a irmã de Marielly, disse ter levado de carro a cunhada até a casa do enfermeiro. Lá, ele teria aguardado o procedimento na frente da residência.
De acordo com o depoimento dele, entretanto, o enfermeiro saiu afirmando que “o procedimento teve complicações, e que nada poderia ser feito”. Ainda segundo Hugleice, o enfermeiro pediu que ele fosse embora e ressaltou que “iria resolver o problema”.
A versão do cunhado é contestada pelo enfermeiro, que declarou que nunca “viu Hugleice nem Marielly”. Na casa de Jodimar Gomes a polícia apreendeu duas macas estéticas, seringas e medicamentos. Ele disse que mora em Sidrolândia desde maio passado e montava um salão de beleza na cidade.
Hugleice casou-se com a irmã de Marielly há oito anos e chegou a morar no mesmo apartamento ocupado pela vítima e a mãe dela. Devido a um desentendimento familiar, a universitária foi morar com a mãe em outro apartamento, mas no mesmo condomínio. A polícia não soube informar o motivo da discórdia.
O delegado pediu a quebra de sigilo telefônico e bancário do enfermeiro e do cunhado da vítima. Gostou? Então divulgue! TwitterFaceBookGoogle Buzz
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