quarta-feira, 20 de julho de 2011

Por onde anda ´Luiz Caldas´, o criador do axé?

Luiz César Pereira Caldas, nasceu em Feira de Santana na Bahia em 24 de junho de 1963 é um multiinstrumentista, compositor e cantor brasileiro universalmente reconhecido como ´O Rei do Axé´.

Há muito Luiz Caldas parou de se preocupar com a polêmica de quem era o precursor do axé. O baiano, que criou o ritmo em 1985 ao lançar ´Fricote´ (mais conhecida pelos versos ´Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear...´), acredita que seu lugar está garantido no rol da música popular brasileira.

´Foi feito um estudo na UFBA sobre a história do axé. Documentos, discos e participações minhas em programas como o do Chacrinha mostram que eu fui o criador do movimento´.


Para comemorar os 25 anos do ritmo, que ele preferiu chamar de democracia musical, Luiz Caldas prometeu e cumpriu um pot-pourri no carnaval em homenagem a quatro ícones negros: Michael Jackson, Obama, Jimmy Hendrix e Neguinho do Samba (criador do samba-reggae, falecido em outubro de 2009). Misturou o hino dos Estados Unidos, as guitarras de ´Beat It´ e de Hendrix com a batida de Neguinho do Samba´.


Apesar de estar intimamente ligado ao axé, a experiência de Caldas ultrapassa o limite dos estilos. Multi-instrumentista (ele é fera em percussão, bateria, baixo, guitarra e outros instrumentos) que começou a tocar nos bailes aos sete anos de idade, Luiz não tem preconceito musical. Toca de ´Glenn Miller a Pink Floyd, de tango a Tchaikowsky´.

Quando subiu num trio elétrico pela primeira vez, a música que tocava era o frevo, um ritmo pernambucano. Daí a necessidade de criar algo legitimamente baiano, e com o espírito livre da Bahia.

“No início eu mesmo produzia meus discos. A Bahia estava estagnada. O público queria ouvir músicas regionais, mas nas rádios só tocavam músicas internacionais ou de Rio e São Paulo. Até que fiz uma versão de ‘Mrs. Robinson’ (Simon e Garfunkel). As pessoas ouviram seu sotaque e começaram a pedir minhas músicas”, lembra.

O estouro

Em 1985, ´Fricote´ estourou no Brasil todo, e várias grandes gravadoras o procuraram. ´Ofereceram carro, apartamento... Só exigi uma cláusula no contrato dizendo que eu deveria ser responsável pela minha música, meu visual e meu estilo. Apenas uma gravadora topou´, conta Luiz, que coleciona na parede discos de ouro e de platina dos anos 80 e 90.

Atualmente Luiz continua trabalhando a todo vapor, mas diz que não corre mais atrás do sucesso. Mantém uma impressionante produção musical de estilos diferentes, que coloca em seu site oficial.
Já lançou discos de rock, elogiados por Lobão e Tico Santa Cruz, e até um disco em tupi.
É o chamado supermercado musical, onde cada faixa custa R$ 2.


´Em 2010 vou lançar no meu site 120 canções divididas em 12 discos. Um para cada mês. Assim não tem gravadora no meu pé, nem CD nem pirataria. Sou um anarquista musical´, diz ele.

Luiz Caldas continua agitando por ai com seus shows que levam grande público por onde passa.

A NOVA ERA DO CONHECIMENTO hoje, destaca Luiz Caldas para seus internautas matarem saudades... Gostou? Então divulgue! TwitterFaceBookGoogle Buzz
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