terça-feira, 5 de julho de 2011

Dor e revolta no velório da jovem assassinada por policial

TV Vitória

Foto: Reprodução TV Vitória



Dor e revolta no velório da jovem de 19 anos assassinada por policial militar na Serra (ES)


Um velório simples foi realizado pela família de Juliana de Jesus Santos na manhã desta terça-feira (05) em uma igreja evangélica de Guarapari.

Muito abalados com o crime cujo principal suspeito é o próprio marido da vítima, o policial militar Carlos Magno Feu Júnior, de 28 anos, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens à jovem de apenas 19 anos.

Uma amiga da cabeleireira assassinada disse que o comportamento do policial dava indícios de que ele planejava a morte da companheira. "Ele falava que a batata dela estava assando, que ela não sabia o que aguardava por ela. Quando ele frequentava a casa de familiares, perguntava para todo mundo se a família cuidaria do menino se acontecesse alguma coisa", contou a mulher que não quis ser identificada.

Outra amiga da vítima, que também não quis ser identificada, contou que recebeu Juliana em casa dois dias antes da tragédia e segundo ela, a jovem estava com marcas de espancamento por todo o corpo. "Ela estava com as pernas e os braços roxos. Um monte de hematomas no corpo. Ela chegou lá toda triste eu perguntei o que tinha acontecido e ela falou que tinha apanhado muito do marido", disse a mulher.

A mãe de Juliana, além de emocionada, mostrava-se preocupada com o paradeiro do bebê, que após o crime foi levado pelo pai. "Até agora não sei de nada. Eu quero o meu netinho perto de mim. Só quero isso. A herança que ela deixou é o meu neto", disse Eliene Maria dos Santos.

Juliana nasceu em Belo Horizonte e chegou ao Estado ainda muito jovem, com 13 anos de idade. Ela passou a morar com a tia em Guarapari e quatro anos mais tarde conheceu Carlos Magno um policial conhecido por ter uma boa conduta e ser bastante tranquilo. Com ele, Juliana pensava que iria encontrar a felicidade.

"A minha irmã só queria que o filho dela tivesse um pai. Ela só aceitava tudo aquilo que ela passava para que o filho dela pudesse um dia falar 'eu tive um pai'. Por isso que ela aceitou muitas promessas dele de que iria mudar, de que iria melhorar. Só que cada vez, infelizmente, ele se tornava pior", afirmou a irmã da vítima, Luana Santos.

Em uma página de relacionamentos na internet ficaram as fotos de uma jovem bonita e dedicada ao filho. Cada passo da gestação foi registrada por Juliana que segundo os familiares, era uma mãe zelosa.

O crime aconteceu na residência do casal em Nova Almeida, na Serra. Após uma briga, a cabeleireira de 19 anos foi executada pelo companheiro, o policial militar Carlos Magno Feu, de 28 anos. A mãe da vítima quer respostas e pede justiça. "Ele acabou com a vida dela. Uma menina de 19 anos cheia de vida e ele fez uma coisa dessas. Meu coração está despedaçado. Eu tenho que ter forças porque tenho mais quatro filhos para criar.

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